Mais de 400 policiais federais cumprem mandados em Goiás, Tocantins, Paraná, Pará, Roraima, São Paulo, Ceará e Distrito Federal

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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 21, a Operação Flak, para desarticular financeiramente uma organização criminosa especializada no transporte aéreo de grandes quantidades de drogas, trazidas da Venezuela, Colômbia e Bolívia, com destino ao Brasil, Estados Unidos e Europa.

Mais de 400 policiais federais cumprem 54 mandados de prisão e 81 mandados de busca e apreensão, nos estados de Tocantins, Goiás, Paraná, Pará, Roraima, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal. Todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. A ação conta com o apoio do Grupamento de Rádio Patrulha Aérea da Polícia Militar de Goiás (GRAER/PMGO) e da Força Aérea Brasileira (FAB).

Foram pedidos ainda pela PF e deferidos pela Justiça Federal o bloqueio de contas bancárias de aproximadamente 100 pessoas e empresas envolvidas, a apreensão de 47 aeronaves, o sequestro de 13 fazendas com mais de 10 mil cabeças de gado bovino e a inclusão de seis pessoas no Sistema de Difusão Vermelha da Interpol.

Os mandados foram expedidos pelo juiz federal Pedro Felipe de Oliveira Santos, da 4ª Vara de Palmas. As investigações também tiveram apoio da agência americana DEA (Drug Enforcement Administration) e da agência surinamesa CTIU (Counter Terrorism Intelligence Unit).

O nome da operação “FLAK” faz alusão a uma expressão utilizada pelos países aliados durante a segunda guerra mundial para se referirem à artilharia antiaérea alemã.

Segundo a investigação, que teve início há dois anos, no período compreendido entre meados de 2017 e 2018, foram realizados no mínimo 23 voos transportando em média 400 quilos de cocaína cada, totalizando mais de nove toneladas.

Os investigados devem responder, na medida de suas participações, por tráfico transnacional de drogas, associação para o tráfico, financiamento ao tráfico, organização criminosa, lavagem de dinheiro e atentado contra a segurança do transporte aéreo.

Entre os presos está o goiano João Soares da Rocha, que é apontado como proprietário de 47 aeronaves e um dos comandantes do esquema criminoso. Ele foi preso em uma fazenda no estado do Pará.