COMPARTILHAR

A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira, 23, a operação Portare, com o objetivo de combater irregularidades em contratos firmados pelo Distrito Sanitário Especial Indígena de Cuiabá (DSEI-Cuiabá). A ação ocorreu em quatro estados e no Distrito Federal, especialmente em sete cidades: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Brasília, Rio de Janeiro, Boa Vista e Campo Grande.

Ao todo, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens de 10 investigados, que juntos somam cerca de R$ 20 milhões. Dois servidores públicos também foram afastados de suas funções.

A investigação começou após denúncias anônimas sobre inexecução contratual e indícios de superfaturamento em uma contratação emergencial para fornecimento de veículos ao DSEI-Cuiabá, realizada entre 2023 e 2024. Há suspeitas de favorecimento à empresa contratada, fraudes e conluios entre agentes públicos e empresários.

O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1,3 milhão. A Polícia Federal também identificou o pagamento de propina a servidores do DSEI em troca de favorecimento em processos licitatórios.

Além disso, em uma licitação homologada em 2025, com valor estimado de R$ 25 milhões para locação de veículos, surgiram novos indícios de irregularidades.

A operação segue em andamento, e os envolvidos poderão responder por crimes como corrupção, fraude à licitação e associação criminosa.

Leia também: PF investiga aliciamento de modelos para tráfico internacional de mulheres para exploração sexual na Europa

Polícia Federal encontra dinheiro no sapato de primo de deputado