PF deflagra nova fase da Operação Acrônimo e se aproxima de Pimentel
23 setembro 2016 às 07h25

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Policiais cumprem mandato de busca e apreensão. Chefe da Casa Civil de Minas Gerais é um dos alvos

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (23/9), mais uma fase da Operação Acrônimo —
que investiga esquema de corrupção envolvendo o BNDES e a gestão do atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Dentre os alvos está o braço direito do petista e chefe da Casa Civil de Minas Gerais, Marco Antônio Rezende, bem como pessoas relacionadas as empresa de consultorias MOP e OPR
no Estado.
A 9ª fase, de acordo com informações do Estadão, também investiga outro esquema que também envolveria o governador petista com a empreiteira OAS. A PF cumpre mandados de condução coercitiva e busca a apreensão em MG e também no Distrito Federal.
Fernando Pimentel foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio entre 2011 e 2014, durante o primeiro governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Acusações
O relatório final da Operação Acrônimo, da Polícia Federal (PF), aponta o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), como responsável por chefiar um esquema de lobby e ter ganho R$ 1 milhão em propinas enquanto foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT) como presidente da República.
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Segundo a Polícia Federal, Pimentel teria usado um operador e empresas de fachada para receber as propinas e ganhar viagens em troca de favores, como divulgou a Revista Época na tarde desta sexta-feira (6/5).
As acusações, que são parte do primeiro relatório final da Operação Acrônico, concluído em 29 de abril, que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para informar que o petista mineiro usou o cargo de ministro para conceder benefícios fiscais à montadora CAOA (Hyundai), ação que lhe rendeu o recebimento de propina de indústria.
A CAOA também está envolvida na condenação de executivos e servidores públicos na Operação Zelotes, na última quarta-feira (4). A empresa é citada nas acusações contra Pimentel por tráfico de influência em órgãos públicos federais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A investigação por tráfico de influência, segundo a Polícia Federal, será incluída em outro relatório da Operação Acrônimo, que ainda é elaborado. Os policiais teriam feito o que a Época chama de “o caminho do dinheiro” e concluíram que o governador de Minas usava um operador para lavar dinheiro.