Investigadores estimam que os criminosos tenham desviado recursos ao longo dos anos de 2012 a 2019. Em paralelo, outros mandados estão em andamento no Distrito Federal, São Paulo e Paraná

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 3, a segunda fase da Operação Gaveteiro para apurar a prática de supostos crimes relacionados ao desvio de recursos no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Os investigadores estimam que os criminosos tenham desviado, ao longo dos anos de 2012 a 2019, mais de R$ 40 milhões.

Para investigar as fraudes cometidas por meio das contratações fraudulentas, as autoridades cumprem mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em Goiás, São Paulo e no Paraná.

Na primeira fase da operação, as autoridades desbancaram um esquema instaurado para desviar recursos do Ministério do Trabalho. No entanto, posteriormente, foi percebido que a ação era muito mais ampla.

As investigações mostraram que os agentes públicos não só direcionavam as contratações, bem como forjavam a necessidade de aquisição de valores milionários através de diferentes tipos de prestação de serviço. Aguarde mais informações sobre o desdobramento da segunda fase da Operação.

Por meio de comunicado, o Dnit disse que medidas adotadas pelo departamento contribuíram diretamente para a operação e hoje. Veja o comunicado na íntegra:

Em relação à operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, 3, com o objetivo de apurar eventuais irregularidades em contratações na área de tecnologia, descontinuadas em 2019, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informa:

– As instâncias de integridade do DNIT, em 2019, a partir de relatório inicial do Tribunal de Contas da União, realizaram procedimentos de apuração preliminares e fizeram os encaminhamentos necessários aos órgãos de controle, com apoio da Secretaria de Conformidade e Integridade do Ministério da Infraestrutura – coordenada por delegada da Polícia Federal;

– Dessa forma, as medidas de integridade tomadas pelo DNIT contribuíram diretamente para a operação realizada hoje;

– Portanto, a atual gestão foi responsável, não só por descontinuar o contrato de prestação do serviço, bem como atuou para que as eventuais ilicitudes estejam hoje sendo objeto de apuração pelos órgãos responsáveis;

– O Departamento tem se colocado à disposição das autoridades para colaborar com os esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários, visando a completa elucidação dos fatos;

– Eventuais desvios também são objeto de apuração interna, por meio dos mecanismos de controle e de conformidade da autarquia;

– O DNIT reafirma estar em permanente contato com os órgãos de controle e que pauta sua atuação dentro da legalidade e lisura, respeitando todos os princípios éticos da administração pública.