PF admite que gravações de Lula foram feitas após decisão judicial de interromper grampo telefônico
17 março 2016 às 09h41

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Em nota, a Polícia Federal afirma ainda que a partir da decisão, cabe à empresa telefônica interromper a interceptação e responsabiliza Moro por utilização de material
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A Polícia Federal publicou nota na qual esclarece a polêmica em torno do áudio divulgado na última quarta-feira (16/3) de uma conversa entre a presidente da República Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A publicação afirma que após a decisão judicial, a PF comunicou a companhia telefônica, responsável por interromper a interceptação.
“Até o cumprimento da decisão judicial pela companhia telefônica, foram interceptadas algumas ligações”, informa a PF, sem especificar o horário em que o grampo foi interrompido.
Por fim, a nota explica que cabe ao juiz responsável, no caso, Sérgio Moro, decidir se utilizará ou não o material. “Encerrado efetivamente o sinal pela companhia, foi elaborado o respectivo relatório e encaminhado ao juízo competente, a quem cabe decidir sobre a sua utilização no processo”, afirma a publicação.
Ainda na última quarta-feira (16/3), o Palácio do Planalto publicou nota em que repudia a divulgação do áudio e afirma que “todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento”, diz a nota.