Petrobras aumenta R$ 0,41 no preço da gasolina e R$ 0,78 no diesel
15 agosto 2023 às 19h02
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A Petrobras anunciou um aumento nos preços da gasolina e do diesel a partir desta quarta-feira, 16, para as distribuidoras. No caso da gasolina, o reajuste será de R$ 0,41 por litro. Já o diesel, a elevação será de R$ 0,78 por litro, fazendo com que o preço médio alcance R$ 3,80, uma alta de 25,8%.
O preço médio da gasolina A, sem mistura, será ajustado para R$ 2,93 nas refinarias, representando um incremento de 16,3%. Esses valores não eram revisados desde o dia 1º de julho. A Petrobras informa que, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro na composição comercializada nos postos, sua parcela no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,14 por litro vendido na bomba.
A empresa esclarece que o valor efetivo ao consumidor final será, em média, de R$ 3,34 por litro vendido nos postos. Os preços do diesel não eram recalculados desde o dia 17 de maio.
A Petrobras menciona estar no “limite de otimização operacional”. Conforme divulgado no comunicado sobre os aumentos, a estatal considerou não apenas o preço do petróleo, mas também as importações suplementares dos dois combustíveis. Vale ressaltar que os postos têm autonomia para estabelecerem os preços a serem cobrados.
A Petrobras frisa que “o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é influenciado por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”. Na semana anterior, o preço médio do litro da gasolina nos postos alcançou R$ 5,53. Conforme o levantamento semanal da ANP, o preço médio do diesel chegou a R$ 5,08 por litro.
Anteriormente, os preços praticados pela Petrobras estavam abaixo dos valores do mercado internacional. Com a valorização do petróleo, as refinarias da empresa passaram a comercializar os combustíveis a custos menores no mercado interno, impactando importadores e refinarias privadas.
Dado que o Brasil não é autossuficiente em derivados de petróleo, os preços devem ser mantidos em níveis que permitam importações de terceiros. Desde maio, a Petrobras abandonou a paridade de importação, em conformidade com a promessa do presidente Lula (PT) de ajustar os preços dos combustíveis ao cenário nacional. A companhia declara que sua nova estratégia comercial, substituindo a política de preços anterior, incorpora parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística em sua precificação.
“A consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”, informou a estatal em nota.
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