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Humberto Aidar ajudou a criar consenso à candidatura do democrata. Aidar é o indicado do partido e da oposição para a terceira secretaria da Casa

Humberto Aidar vai compor mesa diretora | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Humberto Aidar vai compor mesa diretora | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

A chapa única que concorre à mesa diretora da Assembleia Legislativa está definida. A ressalva recai apenas na indicação da oposição. O radialista e deputado reeleito Humberto Aidar, do PT, é o nome natural: vai ocupar a terceira secretaria da Casa.

Até mesmo porque há um rodízio no cargo com parceiro de legenda, Luis Cesar Bueno, e o peemedebista Paulo Cezar Martins. Com a chegada da eleição da nova presidência, no dia 1º de fevereiro, a próxima semana será marcada por reuniões.

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No entanto, Aidar acredita que seu posto está definido. Além do rodízio, considera que deputados de primeira viagem não têm a mesma facilidade de articular cargos em uma disputa do tipo. “Do mesmo jeito que um novato tem dificuldade de formar e eleger uma chapa, ele também terá para pleitear um cargo desses”, comenta.

A delegada de polícia Adriana Accorsi não entra nesse balaio, pois o interesse dela é a presidência da Comissão de Segurança Pública. Atualmente, Major Araújo (PRP) a preside e conversações entre os dois vão concluir quem irá ocupá-la.

Já o deputado eleito Renato Castro encontra-se em viagem e, por enquanto, está deslocado do processo.

A intenção é manter, na próxima legislatura, o mínimo de espaço que o PT tem nas comissões nos dias atuais. O partido tem, agora, a presidência da Comissão de Direitos Humanos (com Mauro Rubem, não reeleito); a da Organização dos Municípios, (com Luis Cesar Bueno, reeleito); e a de Serviços e Obras Públicas (Karlos Cabral, também não eleito).

Além delas, a legenda tem a vice-presidência da Justiça e Redação (a CCJ), do próprio Aidar, e participa de todos os outros colegiados — mas em cargos de menor influência.

Articulador

Aidar ressalta ainda que não há rejeição a seu nome na indicação para a composição da mesa diretora. Até mesmo pela boa circulação que tem entre os colegas. O radialista afirma ter sido um dos principais articuladores para que tanto a base quanto a oposição convergissem para a reeleição de Helio de Sousa, do DEM.

Para o petista, o democrata é o nome com as melhores condições para concluir a nova sede da Assembleia e melhorar a avaliação diante o eleitor goiano. Principalmente por acreditar que seu projeto de criação da Comissão e do Conselho Ética deverá ser acatado pelo colega. “É a preferência do governador Marconi Perillo [PSDB]”, pontua, relembrando que a proposta foi arquivada há mais de um ano.

O deputado destaca que os colegas veem a aprovação do texto como um “tiro no pé”. Na opinião dele, é impossível um Poder Legislativo não ter uma comissão e um conselho do tipo. “Quem assume mandato com medo, mas disse que fez tudo certo, e dentro da lei, não deve ter motivos para temer”, criticou. A cassação, disse, é o caso mais grave — mas cita que há outras formas de advertência, como a verbal.

A relevância da aprovação do projeto está no fato de o conselho e comissão serem mecanismos para que os deputados sejam ouvidos, em caso de acusações. Permite ainda que os parlamentares se expliquem diante o plenário e população. “Hoje, não há um espaço legal para a apresentação de documentos. E isso [a aprovação do projeto] é um compromisso do Helio”, adiantou.

Aidar concluiu que a aprovação do projeto ficará mais fácil com a chegada dos novos eleitos.