A Universidade Estadual de Goiás (UEG), Emater e agentes de fomento do governo conduziram pesquisas sobre o Cerrado, que apontaram soluções para a conservação ambiental, a valorização da biodiversidade e o estímulo à economia regional. O objetivo é reforçar o compromisso com a sustentabilidade, a inovação científica e o desenvolvimento socioeconômico de Goiás.

A pesquisa conduzida pela professora Isa Lucia de Morais, docente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia e do curso de Ciências Biológicas da UEG, contou com a colaboração de pesquisadores de instituições nacionais. Eles descobriram uma nova espécie de planta nativa do Cerrado, a Jacquemontia verae, registrada oficialmente pela comunidade científica neste ano.

A pesquisadora Isa Lucia de Morais | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo a pesquisadora Isa Lucia de Morais, descobrir novas espécies é fundamental para a conservação da natureza. “Ao identificar e descrever uma nova espécie, a ciência amplia nosso entendimento sobre os ecossistemas e como os seres vivos se adaptam aos mais diversos ambientes”, complementa.

A Jacquemontia verae foi encontrada em uma área de Cerrado rupestre, que enfrenta fortes pressões ambientais. Os estudos ressaltam a urgência de políticas de conservação ambiental e gestão territorial.

Jabuticabeiras

Docentes da UEG, em parceria com a Emater Goiás, intensificaram o mapeamento genético e morfológico das jabuticabeiras em Hidrolândia. Esse município responde por cerca de 98,5% da produção estadual da fruta.

Hidrolândia é conhecida nacionalmente como a capital da fruta | Foto: Divulgação/ Emater

Os pesquisadores Plauto Simão de Carvalho e Sabrina do Couto de Miranda relatam que o projeto está atualmente na fase de coleta de material botânico para análise detalhada. “Estamos desenvolvendo um banco de dados detalhado com características morfológicas e genéticas que facilitará futuras pesquisas e o manejo das plantações”, explicam.

O objetivo do mapeamento é contribuir diretamente para práticas agrícolas mais sustentáveis. Além de certificação da produção local e fortalecimento da cadeia produtiva da jabuticaba, com impactos positivos para a economia rural e a biodiversidade goiana.

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