Estudo surgiu da necessidade de criar compostos químicos mais eficazes no combate ao Aedes aegypti 

Cada vez mais compostos larvicidas tem se mostrado ineficazes para combater o Aedes aegypti devido a resistência e evolução que o mosquito vem apresentando a essas fórmulas. Por conta disso, um grupo de estudo e pesquisa coordenado pelo professor Bruno Junior Neves, da Universidade Federal de Goiás (UFG) começou a desenvolver um composto mais eficaz, menos tóxico, mais seguro e ecossustentável e utilizando da Inteligência Artificial (IA). 

Segundo Bruno, o coordenador da pesquisa, a IA ajuda comparar a eficácia dos compostos com base em seus banco de dados, além de reduzir o custo, ela também faz com que menos experimentos, principalmente em animais, sejam feitos. “Nossa intenção é que essas ferramentas sirvam como suporte para nos auxiliar a tomar decisões bem-sucedidas, ou seja, selecionar apenas os compostos mais promissores para avançar para outras fases da pesquisa (avaliação experimental), reduzindo os custos e o número de animais/experimentos na pesquisa”, afirmou o coordenador a Agência Cora de Notícias.

Esses testes feitos pela IA acontecem devido a uma simulação de experimentos com animais, incluindo o próprio Aedes aegypti o que possibilita a triagem virtual de milhões de compostos ainda não testados.

O pesquisador ainda reitera a importância da não utilização de compostos tóxicos que possam infectar animais, humanos e o meio ambiente. Esse fator também é facilitado pela IA, pois “poderemos identificar, ainda nas etapas iniciais da pesquisa, compostos ineficazes ou potencialmente problemáticos (tóxicos) que possam causar prejuízos à saúde humana e riscos ao meio ambiente”, disse Bruno.

A pesquisa está sendo feita no Laboratório de Planejamento de Fármacos e Modelagem Molecular (LabMol), localizado na Faculdade de Farmácia (FF) da UFG.

*Com informações da Agência Cora de Notícias