Segundo os pesquisadores, hormônio irisina atua como modulador dos genes relacionados à replicação do vírus podendo atuar de forma terapêutica em pacientes acometidos pela doença

Foto: Lailson Damásio

Um estudo desenvolvido por integrandes ta Universidade Estadual Paulista (Unesp) sugere que um hormônio, liberado pelos musculos durante o exercício físico, pode interferir de modo terapêutico em casos de pacientes contaminados com a covid-19.

Segundo os pesquisadores, o hormônio atua como modulador dos genes relacionados à replicação do virus no corpo humano.

A Agênicia Fapesp conversou com uma pesquisadora da Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu (SP), sobre o assunto. Para ela, “o resultado representa uma sinalização positiva para a busca por novos tratamentos nesse momento de emergência com a pandemia”, considerou.

A reportagem mostrou ainda que, por meio de técnicas de sequenciamento, os pesquisadores identificaram 14.857 genes expressos em uma linhagem de adipócitos subcutâneos. Ao tratar as células com irisina — hormôneo liberado pelos músculos durante atividade física — observaram que a expressão de vários genes foi alterada.

Outro fator importante observado pelos pesquisadores foi o fato da irisina poder triplicar um gene fundamental para proteção dos indivíduos, o TRIB3. Em levantamentos anteriores, foi observado que a diminuição desse gene ocorre principalmente nos idosos e pode estar relacionado à maior replicação do SARS-CoV-2, o que, consequentemente, aumenta o risco dessa população diante da atuação do coronavírus no corpo humano. (Com informações da Agência Fapesp)