Para maioria dos entrevistados, vice-presidente tinha consciência dos esquemas no governo e na Petrobras. Instituto também revelou intenções de voto para presidente

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Temer também não aparece entre as primeiras opções dos eleitores para se tornar presidente da República. Pelo contrário, só aparece na frente de Ronaldo Caiado | Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná pesquisa e divulgada nesta sexta-feira (8/4) revelou que 82% dos entrevistados acreditam que o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) tinha ciência dos esquemas de corrupção da Petrobrás e do Governo. Os resultados revelam ainda que quase 30% dos entrevistados não sabem qual cargo público Temer ocupa, enquanto 18% afirmam nem sequer conhecê-lo.

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No total, foram 2.044 eleitores ouvidos na pesquisa, que também perguntou aos entrevistados sobre em que candidato eles votariam caso as eleições para presidente do Brasil ocorresse ainda neste mês.

Em uma lista com Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (Rede), Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSC), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (PV), Cristovam Buarque (PPS), Michel Temer (PMDB) e Ronaldo Caiado (DEM), quem levaria a melhor, com 23,5% das intenções de voto, seria o senador Aécio Neves. Lula (15,7%) só aparece na terceira colocação, depois de Marina Silva (21%).

Com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no lugar de Aécio Neves como candidato do PSDB, Marina Silva toma a liderança, com 24,7% dos votos. Geraldo Alckmin ficaria em segundo, com 18,3%, à frente de Lula, que seria o escolhido de 15,4% dos entrevistados. Marina também venceria em um terceiro cenário, com o senador José Serra disputando o cargo pelo PSDB. Ela seria a primeira colocada com 24,8% dos votos, seguida por Serra (18%) e Lula (15%).

Lula na terceira colocação em todos os cenários apresentados é também um reflexo da má-avaliação do governo petista: 81,5% dos entrevistados desaprovam o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O número, no entanto, é 2% menor que na última pesquisa do instituto, realizada em março de 2016.

A maioria dos entrevistados apoia o impeachment da presidente. 63,9% são à favor, enquanto apenas 28,3% defendem sua permanência no cargo. O apoio ao impedimento cresceu desde março, quando 60,9% acreditavam que ela não deveria ser deposta. Dos participantes, 67,3% não acham que o processo de impeachment é um golpe contra a democracia, enquanto 29,1% acham que é, sim.

O resultado que mais dividiu os entrevistados foi se Dilma conseguirá chegar ao final de seu mandato: 48% acreditam que sim, enquanto 47% que ela sofrerá impeachment antes de 2018. A maioria dos participantes acredita que os maiores responsáveis por esse processo de destituição seriam o juiz Sergio Moro e a Operação Lava Jato (16,5%), os partidos de oposição (10,2%) e os deputados (6,4%).