Pesquisa mostra reviravolta em Brasília: cresce a chance de segundo 2º turno entre Ibaneis e….
26 setembro 2022 às 11h45
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Conta-se que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, já estava preparando a “indicação” do novo secretariado e havia encomendado o terno da posse. Afinal, aparecia, na pesquisa Correio/Opinião, com 54,1% dos votos válidos (na pesquisa de 5 de setembro) — o que lhe garantia a vitória no primeiro turno. No entanto, nova pesquisa, do mesmo instituto, mostra mudança que sugere que haverá segundo turno em Brasília. O gestor da capital do país agora tem 41,2% das intenções de voto, ou seja, 49,6% dos votos válidos.
É possível falar em reviravolta, a seis dias das eleições? Talvez não. Mas talvez seja possível falar em segundo turno. E o segundo turno pode trazer uma reviravolta.
As chances do candidato do MDB vencer no primeiro turno ainda são altas. Mas a pedra no caminho é que, apesar de estarem bem atrás, seus adversários começam a crescer. Pode até ser que nenhum deles tenha chance de vencer Ibaneis Rocha no primeiro turno (e até no segundo turno), mas há indícios de que haverá segundo turno em Brasília. E, como se sabe, o segundo turno é outra eleição, com a possibilidade de o candidato da oposição, se aglutinar várias forças políticas, virar o jogo. Paulo Octavio, que está em segundo, parece o mais forte para enfrentar o governador. Mas um candidato “novo”, da estirpe de Leandro Grass e Leila do Vôlei, pode virar o jogo e ganhar do favorito.
Em segundo lugar, aparece o empresário Paulo Octavio, do PSD, com 13,2% (15,9% dos votos válidos). Ele cresceu 2,5%. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.
Em terceiro lugar deu-se um empate técnico entre Leandro Grass, do PV, e a senadora Leila do Vôlei, do PDT. Ambos têm 10,1% (12,1% dos votos válidos). Leandro Grass é quem mais está crescendo: na pesquisa anterior tinha 5,5%.
Izalci Lucas, do PSDB, em 3,8% (tinha 4,7%). Coronel Moreno, do PTB, aparece com 2%. Outros candidatos: Lucas Salles (1,3%), do DC, Keka Bagno (1,1%), do Psol, Teodoro da Cruz (0,2%), do PCB, Robson (0,1%), do PSTU.
Rejeição de Ibaneis Rocha é de 34,4%
Com 34,4%, Ibaneis Rocha não é o mais rejeitado. Os mais rejeitados são: Keka Bagno (78,8%), Leandro Grass (65,8%), Izalci Lucas (60,7%), Paulo Octavio (49,9%) e Leila do Vôlei (49,3%).
A rejeição de Ibaneis Rocha, embora menor do que a dos demais, talvez esteja consolidada. A rejeição de vários outros candidatos talvez tenha a ver mais com desconhecimento do que com rejeição. Apenas 23,6% conhecem Leandro Grass, portanto a maioria do eleitorado “não” está avaliando o candidato. Keka Bagno é conhecida por 8,8% dos eleitores. Então, uma rejeição de 78,8% não tem o menor sentido. Ao contrário, Ibaneis Rocha, conhecido por 80,5%, tem, de fato, uma rejeição cristalizada. Paulo Octavio é conhecido por 64,6%. Leila do Vôlei, embora seja senadora, é conhecida só por 55,9%. Izalci Lucas, também senador, é conhecido por 43,7%.
Pode se falar em reviravolta, a seis dias das eleições? Talvez não. Mas talvez seja possível falar em segundo turno. E o segundo turno pode trazer uma reviravolta.
Mas quem irá para o segundo com Ibaneis Rocha? Não dá para saber. Porém, se Leandro Grass continuar crescendo, a tendência é que supere tanto Paulo Octávio quanto Leila do Vôlei.