Perigos no mundo virtual podem aumentar durante férias escolares. Entenda

02 dezembro 2018 às 15h57

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Famílias devem buscar orientação profissional para administrar conflitos de filhos e o tempo gasto na web

O recesso escolar deve ser motivo de alerta sobre a preocupação dos pais com os filhos no mundo virtual, pois é nesse período que crianças e adolescentes ficam ainda mais vulneráveis a gastarem mais tempo com seus smartphones, tablets e computadores.
Casos de auto-mutilação e suicídios, atribuídos aos jogos digitais como o “Baleia Azul”, e outras ameaças devem servir de exemplo, especialmente quando os filhos ficam mais tempo online, e sem um adulto por perto.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP, a superexposição a aplicativos, jogos e redes sociais pode causar dependência psíquica, distúrbios no sono, ansiedade, violência, lesões visuais e auditivas, problemas posturais, sedentarismo, auto-agressão e até suicídio. Quem comenta os dados é a psicoterapeuta de crianças, adolescentes e famílias, graduada em psicologia pela PUC-Goiás, Samantha Ferraz.
A psicóloga ressalta que “além da exposição a uma série de riscos virtuais, a tecnologia pode sim trazer malefícios físicos e psicossociais comprovados, sendo estes decorrentes de um uso exagerado ou do tipo de conteúdo acessado”. Segundo Samantha, um estudo realizado em 350 municípios, divulgado pela SBP, revela que 21% das crianças já deixaram de dormir ou comer por causa de internet, 10% já procuraram informações sobre auto-mutilação, e 7% sobre suicídio.“Tanto as pesquisas, quanto minha experiência clínica indicam que os pais devem buscar conhecimento sobre o assunto e adotar hábitos digitais saudáveis, muitas vezes eles não sabem dos riscos existentes e quais medidas podem e devem ser tomadas”, conclui a psicóloga.
Monitorando riscos
Matheus Ferraz, graduado em Engenharia Elétrica na UFG e Brunel University de Londres, observa que é possível alterar de forma preventiva as configurações de computadores, tablets e smartphones e o uso de aplicativos, como o YouTube e o Google.”Com essas medidas e a instalação de aplicativos que controlam o tempo gasto no celular, o que é pesquisado e a localização dos dispositivos, as famílias ficam menos expostas a perigos virtuais”, observa Ferraz.
Indicações e contra indicações digitais e como deixar os filhos mais seguros na internet são temas de um curso que Matheus e Samantha, que são irmãos , idealizaram, para pais com filhos de 08 a 16 anos.Eles unem suas áreas de conhecimento para auxiliar famílias no conhecimento sobre segurança na internet.Além de conhecer os perigos virtuais, os participantes aprendem a explorar ferramentas para amenizar essas situações.
A próxima edição será no dia 08 de dezembro.Os interessados em informações e inscrições podem entrar em contato pelos telefones (62) 36393919 e (62) 98408 2468 ou acessar o site.