Se contas do governo federal forem reprovadas, caminho para impeachment fica mais provável

O Tribunal de Contas da União (TCU) está julgando, neste momento, as contas do governo Dilma, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux ter rejeitado nesta quarta (7/10) o pedido do governo para que fosse adiado o julgamento das contas da petista. Dessa forma, ficou mantida a sessão do TCU para julgar nesta tarde as contas de 2014 do governo federal. A expectativa é que as contas sejam rejeitadas por unanimidade, abrindo caminho para fundamentar a abertura de um processo de impeachment.

No duelo que vem travando com o governo federal, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), tinha dito na semana passada que a rejeição de contas pelo TCU pode “turbinar” o impedimento da petista. Como presidente da Câmara, é Cunha quem decide colocar em tramitação os pedidos de impeachment que já foram entregues à presidência da Casa.

No pedido que foi negado por Luiz Fux, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitava oitiva de testemunhas relacionadas ao suposto impedimento do relator das contas no TCU, ministro Augusto Nardes, acusado pelo Planalto de parcialidade na condução do caso, já que teria antecipado seu voto contrário à aprovação das contas.

O governo pedia ainda que o julgamento das contas fosse adiado até que o próprio TCU decidisse sobre o pedido de afastamento de Nardes, pleito também apresentado pelo governo à corte de contas. Luiz Fux afirmou não ver, ao menos no momento, razão para a suspensão do julgamento. Segundo ele, o fato de um ministro do TCU emitir determinada opinião não o impede de manter uma postura imparcial diante do caso.