Presidente eleito da Assembleia explicou ao Jornal Opção que não há tempo hábil para aprovação da proposta. Projetos de Lei passarão

Líder do governo explica tramite da PEC na Casa | Foto: Ruber Couto
Líder do governo explica tramite da PEC na Casa | Foto: Ruber Couto

O Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás, apesentado pelo governo estadual, começou a tramitar na Assembleia Legislativa nesta semana e deve ser aprovado parcialmente ainda em 2016.

São quatro projetos de lei e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que compõem o conjunto de medidas para criar regras de longo prazo para o controle das despesas públicas.

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Em entrevista ao Jornal Opção, o líder do governo e presidente eleito da Alego, deputado estadual José Vitti (PSDB), explicou que os PLs, que tratam da criação da contribuição para empresas que recebem benefícios fiscais, bem como de cortes e redução na estrutura administrativa, devem ser aprovados nas duas próximas semanas.

Contudo, a PEC, que limita o aumento dos gastos públicos à inflação do ano anterior por dez anos, deve ficar para 2017. Isso porque a Legislação exige que esse tipo de matéria precisa tramitar por pelo menos dez sessões ordinárias. Daqui até o recesso parlamentar (que inicia em 22 de dezembro) só há seis.

“Há uma outra PEC em tramitação na Casa e estamos avaliando junto à procuradoria da casa se há condição regimental para emendar as propostas nela e aproveitar o tempo que está na Casa”, explicou Vitti.

Mesmo assim, o tucano acha muito apertado, pois o tempo é curto e a oposição certamente irá pedir vistas. “Não temos interesse em aprovar a matéria de qualquer jeito, precisamos de segurança jurídica para garantir que não vão haver questionamentos. Afinal, tratam-se de projetos fundamentais para a população”, completou.

Segundo o tucano, não haverá prejuízo para o governo estadual se a PEC foi aprovada só no ano que vem, pois passará a valer a partir da data de promulgação — não necessita de anterioridade tributária, já que não cria nenhum imposto. “Essa é uma realidade que não é exclusiva de Goiás, várias Assembleias pelo Brasil também enfrentam a mesma situação. Entendemos que se tratam de projetos importantes para o governo, mas temos que estar dentro da lei”, argumentou.

O presidente eleito fez questão de ressaltar que acredita e apoia a iniciativa do governador Marconi Perillo (PSDB): “Com certeza todas as propostas serão aprovadas. Nós deputados entendemos a responsabilidade que temos não só com esse governo, mas com os que virão também. São medidas importantes que ajudaram o equilíbrio fiscal e priorizaram os investimentos.”