PCGO identifica suspeitos de furarem fila de vacinação contra a Covid-19 no interior goiano
16 abril 2021 às 09h41
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Ação teve como alvo empresários, profissionais liberais e funcionários públicos suspeitos de apresentarem declarações falsas para receberem o imunizante. Investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica e infração de medida sanitária preventiva
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Rubiataba, deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 16, a Operação Falsa Modéstia para cumprir 14 mandados de busca e apreensão em Rubiataba e Ceres, interior goiano. A ação teve como alvo empresários, profissionais liberais e funcionários públicos suspeitos de “furarem a fila” de vacinação contra a Covid-19 mediante a apresentação de declarações falsas à Secretaria de Saúde do Município de Rubiataba.
A investigação apontou que alguns desses indivíduos afirmaram, por exemplo, exercerem as funções de recepcionista e auxiliar de serviços gerais em clínicas, farmácias e consultórios odontológicos, sendo então vacinados por supostamente atuarem na área da saúde, quando na verdade exerciam funções diversas, ou sequer trabalhavam no local informado.
Outro ponto observado pelas autoridades é que uma das investigadas, que possui inscrição regular como Engenheira Civil, se declarou recepcionista de clínica odontológica, obtendo a primeira dose da vacina. Contudo, uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) foi registrada em sua inscrição quatro dias antes da declaração, pressupondo que a investigada exercia, de fato, a função de engenheira civil quando se declarou recepcionista de clínica odontológica.
A operação resultou na apreensão de duas espingardas, uma pistola 635., munições de diversos calibres, além de diversos documentos e objetos que serão agora analisados a fim de se descobrir eventual envolvimento de outras pessoas.
Os investigados são suspeitos de praticarem os crimes de falsidade ideológica e infração de medida sanitária preventiva, delitos cujas penas somadas podem ultrapassar quatro anos de prisão, além de multa. A Operação Falsa Modéstia teve apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3) e da Gerência de Planejamento Operacional (GPO) da PCGO.