Paulo Trabalho: “Perseguidos no regime militar eram bandidos, como a quadrilha de Dilma Rousseff”
31 março 2019 às 15h31

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As pessoas de bem podiam andar tranquilamente nas ruas, segundo o deputado estadual Paulo Trabalho e que a própria população pediu a intervenção militar

O deputado estadual Paulo Trabalho (PSL) protagonizou uma cena polêmica na Assembleia Legislativa de Goiás ao defender a comemoração do dia 31 de março, em alusão ao regime militar instaurado nesta mesma data de 1964. As duras falas do parlamentar estadual não pouparam nem a ex-presidente Dilma Rousseff, que, segundo ele, foi perseguida pelos militares por integrar uma quadrilha de assalto a bancos.
“Quando sua casa está repleta de bandidos, você chama a polícia para tomar conta, como à época o país estaria sendo tomado por bandidos à mão armada”, comparou o deputado para exemplificar a presença de comunistas que tentavam instaurar seu regime político no Brasil.
Paulo Trabalho afirma ainda que a população pediu ao Congresso Nacional que intervisse e os congressistas acabaram por cassar o então presidente João Goulart. Os pedidos vieram da Igreja Católica, dos produtores rurais e de parte da imprensa, segundo Paulo.
“Se fosse para comemorar, seriam as obras que os militares deixaram no país. A maior parte da infraestrutura que temos hoje foram herança dos militares, como as hidrelétricas e mais de 64 mil quilômetros de rodovias”, sugere o político.
O deputado lembra que as pessoas de bem podiam andar tranquilamente pelas ruas. “Quem tinha problemas com os militares eram os baderneiros, os guerrillheiros, os assaltantes de bancos, como exemplo da quadrilha da ex-presidente Dilma Rousseff, José Genoíno, José Dirceu. Esses sim foram perseguidos”.
Intervenção – o parlamentar esclarece aos cidadãos que ainda pedem uma intervenção militar no dias atuais que hoje é diferente daquela época. “A intervenção militar não é mais necessária, não há risco iminente de comunização no Brasil”.