Simsed distorce informação sobre criação de cargos na Câmara por Paulo Garcia

13 junho 2014 às 13h23

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*Colaborou Ketllyn Fernandes
Sindicato dos professores enviou material à imprensa no qual contabilizava-se 19 cargos
Nesta quarta-feira (12/6) o prefeito Paulo Garcia (PT) assinou decreto que cria dois cargos de assessor de comunicação para a estrutura administrativa da Câmara Municipal de Goiânia. Os dois cargos criados são comissionados e a gratificação é de R$ 1.920.
Todavia, o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed) enviou à imprensa goiana, via e-mail, a informação de que dois dias depois da derrubada do pedido de impeachment na Câmara, Paulo Garcia havia criado 19 cargos, e não dois.
Ao apurar a possível pauta, o Jornal Opção Online percebeu a distorção de números. A respeito do equívoco, a reportagem conversou com o titular da coordenação administrativa do Simsed, Edson Júnior, que disse que a assessoria de comunicação do sindicato divulgou essa informação no blog e em grupos de redes sociais. Indagado sobre a distorção da informação, Edson Júnior prometeu checar. “Se forem dezenove vagas criadas o prefeito mostra toda sua incoerência na gestão do Paço Municipal”, ainda disse.
De acordo com o secretário de governo de Paulo Garcia, Osmar Magalhães, devido à atual situação do Paço em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, não seria possível fazer aquele volume de contratações, sendo que pelo trâmite legal, o prefeito assinou o decreto esta semana, mas o documento passou antes port aprovação na Câmara.
É de conhecimento que a categoria vive um momento de tensão com o prefeito Paulo Garcia. Professores e demais servidores municipais da educação encontram-se desde o dia 26 de maio em greve por conta do que alegam ser o não cumprimento de acordo firmado ainda em 2013, quando também paralisaram.
Nesta terça-feira (11/6) os professores ocuparam toda a Câmara e a Justiça determinou a reintegração de posse, ainda não concretizada até o final da manhã desta sexta-feira (13). Com o aval da Justiça, a segurança da Casa foi reforçada e está proibida a entrada de mais professores no prédio. Somente alimento e água pode ser entregue aos grevistas. Na última quinta-feira, os vereadores decidiram em votação improvisada por cortar a energia elétrica e a água da Câmara como forma de forçar a desocupação.
