Antes da aliança com o PT, presidente da sigla declarou apoio a reeleição de Caiado

Cristiano Cunha, presidente do Partido Verde (PV) em Goiás, é um dos principais insatisfeitos com a federação nacional entre a sigla e o Partido dos Trabalhadores (PT). Para ele, uma resolução da cúpula nacional liberando os estados pode ser melhor para a sigla no Estado. Além de já ter empenhado palavra que apoiaria o projeto de reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB), em 26 de março, durante a realização do 1º Encontro Regional do União Brasil, em Jaraguá, que oficializou a pré-candidatura do chefe do Executivo estadual ao Palácio das Esmeraldas, ele tem reclamado do isolamento de decisão do PT goiano. 

Diferente do que ocorre nacionalmente e em outros estados, onde grupos petistas se alinharam na maioria com o PSB, devido à filiação do ex-governador Geraldo Alckmin, lançado pré-candidato a vice do ex-governador Luiz Inácio Lula da Silva, o PT em Goiás não definiu quem irá liderar o projeto mais a esquerda no Estado. O partido para a majoritária tem insistido na pré-candidatura do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC), Wolmir Amado. 

Uma reunião ocorreu nesta segunda-feira, 16, para afunilar o debate, porém, os petistas sugeriram arrastar qualquer definição até 28 de maio, quando os três presidentes devem se reunir novamente. Enquanto isso, os outros dois integrantes da federação amenizam que o nome mais viável para o Governo de Goiás, seja do ex-governador José Eliton (PSB). “A decisão sobre o candidato deve ser tomada em conjunto, pois a federação é formada pelos três partidos, que precisam decidir em conjunto”, afirmou Cristiano, ao Jornal Opção.  

Mas, para o PV, “o projeto é lá de trás, seguir com Caiado”. Mas, para isso, a direção nacional do partido precisa definir como ficarão as alianças a nível estadual, uma vez que não é apenas Goiás que tem enfrentado problemas com o PT. Segundo Cunha, a formação de chapa dos verdes goianos foi totalmente prejudicada pela federação, devido as chapas petistas serem mais “fortes” eleitoralmente.