Treinador disse que ele e a equipe estão satisfeitos com melhora da seleção. Sobre presença de Di María na partida, falou que jogador passaria por último teste ainda hoje

O técnico argentino Alejandro Sabella disse em coletiva de imprensa neste sábado (12/7), às vésperas da final contra a Alemanha, que o feito conquistado tem um peso maior por ser no Brasil, seleção que conquistou mais títulos mundiais. Sabella, que na época de jogador defendeu o Grêmio, disse que quando a Argentina foi campeã pela última vez, em 1986, ele estava no Brasil, e espera que a coincidência se repita.

O feito de estar em uma final de Copa do Mundo, representando o meu país, é uma das maiores satisfações em nível profissional e também pessoal. Sendo no país mais vencedor da história do futebol é um feito maior. Sempre fui muito respeitoso e um grande admirador do futebol brasileiro. São os maiores ganhadores de copas do Mundo. Então, chegar à final da Copa no Brasil é um feito que nos orgulha mais”, disse.

Sabella também reconheceu que há semelhança entre a atual equipe e a de 1986, que era forte, mas se diferenciava, principalmente, por ter um jogador muito acima da média, como era o caso de Maradona, e hoje, de Messi. Para vencer a Alemanha amanhã, no entanto, o treinador disse que sua equipe precisa fazer um “jogo perfeito”. “Temos que fazer uma grande partida, ocupar os espaços e ocupá-los muito rápido, não podemos perder a bola”, disse, descrevendo o rival como um time muito equilibrado.

Em relação à presença do craque Di María, na partida, Sabella disse que ele passaria por um último teste ainda hoje para saber se tem condições de atuar na final. “Hoje é um dia fundamental para saber como ele evoluiu”, disse. Di María, que se lesionou na partida das quartas de final contra a Bélgica, foi um dos principais responsáveis pela campanha argentina, por formar um meio campo equilibrado, sólido e com grande resistência física, como o técnico define.

Quanto ao seu futuro na seleção, Sabella, que teve sua saída dada como certa nos últimos dias, afirmou que ainda não conversou com ninguém sobre o assunto, e disse que sua decisão agora é irrelevante perto da importância da final. O treinador disse que ele e sua equipe estão muito satisfeitos com a melhora da seleção, por poder dar alegria ao povo argentino, e darão o máximo de si.

“Quero dizer que vamos dar o máximo de nós, como temos feito sempre, por meio da humildade, do sacrifício, do trabalho, da sensibilidade. Como sempre digo, é dar antes de receber, perdoar antes de exigir, entregar-se pelo outro, e vamos fazer tudo para garantir que a Argentina volte a ser campeã. Vamos nos empenhar pelo companheiro, pela Argentina, pelo futebol”, sentenciou.