Para Sabrina Garcêz, críticas à filiação de Henrique Meirelles no PSD se resumem a “dor de cotovelo”
24 fevereiro 2021 às 11h09

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Vereadora rebateu o discurso feito pelo deputado estadual Humberto Aidar na tarde da última terça, 23. “O deputado precisa fazer média internamente em seu partido, haja vista que até o momento sua tão sonhada vaga no Tribunal [de Contas] ainda não saiu”, considerou

Após o deputado Humberto Ainda (MDB) usar a tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para criticar a filiação de Henrique Meirelles ao PSD, bem como seu possível retorno ao cenário político goiano, a vereadora Sabrina Garcêz – que é tida como uma das protagonistas do partido na política goianiense – resolveu rebater as afirmações do emedebista.
Na manhã desta quarta-feira, 24, Sabrina considerou que tudo não passa de uma “dor de cotovelo”. “Vemos um deputado revoltado com a filiação. O engraçado é que não lembro do deputado tão valente quando o [ex-presidente] Lula pediu humildemente que ele [Henrique Meirelles] assumisse o Banco Central, e na época acabou controlando a disparada da inflação, do câmbio e da dívida pública”, rememorou.
Por fim, Sabrina disse que, apesar do episódio, entende as razões que levaram Aidar a se posicionar dessa forma. “É um momento em que o deputado precisa fazer média internamente em seu partido, haja vista que até o momento sua tão sonhada vaga no Tribunal [de Contas] ainda não saiu”, pontuou.
Relembre o discurso
Conforme mostrado pelo Jornal Opção, Humberto Aidar pediu a palavra, durante a sessão ordinária de ontem, para criticar a recém filiação do atual secretário da Fazenda de São Paulo e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao PSD.
O parlamentar afirmou durante seu discurso que agentes públicos do Estado de Goiás foram à São Paulo pedir que ele [Henrique Meirelles] se filiasse ao PSD e fosse candidato a senador ou a governador de Goiás.

“Certamente aguardando serem convencidos mais uma vez […] imaginando que serão literalmente bancados pelo banqueiro Meirelles. Vejo com tristeza nossos representantes pedindo a volta do milagreiro porque estão precisando de ajuda. É triste, mas essa é a nossa política do pequi”, opinou.
Na ocasião, o deputado relembrou a trajetória de Meirelles e ironizou sobre a eleição de 2002, quando na época foi eleito deputado federal pelo PSDB, tendo recebido o maior número de votos em Goiás e não exerceu mandato porque assumiu o Banco Central, em Brasília.
“Infelizmente, a política produz essas figuras. Mesmo sem ninguém conhece-lo teve mais de 180 mil votos. O poder de convencimento do milagreiro era tão forte que as lideranças políticas começaram a apaixonar. Dizem as más línguas que ele tinha dois assessores o seu Manoel Dólar e José Real, eu até penso que isso é maldade”, disse Humberto Aidar na tribuna.
