Partido busca, na justiça, a impugnação do mandato eletivo e a cassação de diploma do prefeito Rogério Cruz. No entendimento da sigla, encabeçada pelo ex-vereador Paulo Daher, houve fraude no processo eleitoral pois diferentemente do que foi disseminado à população goianiense, Maguito não se encontrava em plena recuperação

Vereador de Goiânia, Paulo Daher | Foto: Alberto Maia

O presidente estadual do PMN e ex-vereador por Goiânia, Paulo Daher, enalteceu o entendimento e decisão do PSD – partido que lançou a candidatura de Vanderlan Cardoso à prefeitura de Goiânia, com Wilder Morais (PSC) como vice – que decidiu, na tarde da última quarta-feira, 14, se unir ao PMN em ação na Justiça Eleitoral que pede a cassação do diploma do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

“Nós entramos sozinhos nessa ação em desfavor do atual prefeito e a fraude eleitoral ocorrida em Goiânia. Sofremos todos os tipos de retaliação quando decidimos judicializar essa questão. Recebo com muito entusiasmo a notícia de que teremos, agora, o PSD ao nosso lado”, considerou o Daher.

Segundo o presidente, haverá na tarde desta quinta-feira, 15, uma reunião com toda a executiva estadual e municipal. Os membros serão consultados a respeito da decisão tomada pelo PSD na tarde de ontem que o coloca, agora, ao lado do PMN na ação que busca a cassação do diploma de prefeito do ex-vereador Rogério Cruz. “Mas acredito que não teremos dificuldades em relação a isso. Penso que a maioria seja favorável e entenda a importância PSD ao nosso lado”, disse.

Em seguida, disparou: “sabemos que o PSD tem um corpo jurídico muito competente, composto por pessoas notáveis que poderão somar imensamente com nossa condução jurídica que, por sua vez, já está muito bem fundamenta. Quando um partido da envergadura do PSD entra em conjunto conosco, isso demonstra que estamos no caminho certo”.

Para Dhaer não restam dúvidas: Goiânia terá, em breve, novas eleições. As ações impetradas por ele e pelo partido, buscam o reconhecimento da justiça de que houve fraude no processo eleitoral goianiense. Isso porquê, segundo ele, a chapa emedebista mostrou ao eleitorado um cenário que não existia. “Pregavam que Maguito estava se recuperando sendo que isso nunca aconteceu”, destacou. Para ele, isso demonstra uma fraude ao processo eleitoral o que vai de encontro ao que diz a Constituição Federal.

Outro ponto questionado por ele nas ações que tramitam na justiça, diz respeito a assinatura eletrônica de Maguito no ato de posse como prefeito de Goiânia. “Como alguém que está sedado consegue fazer assinar digitalmente? O boletim médico do dia da posse mostra exatamente isso: o paciente estava sedado. Ou seja, durante todo o processo eleitoral ficou clara a fraude cometida. Maguito infelizmente havia perdido sua capacidade civil e mais tarde acabou perdendo a vida, mas o que pregavam era que ele estava em plena recuperação para assumir seu mandato em breve”, finalizou.

São duas as ações impetradas pelo PMN na justiça eleitoral. Uma delas pede a impugnação de mandato eletivo e outra a cassação de diploma do prefeito. Ambas correm em segredo de Justiça. Se acatadas pelo judiciário poderá ser convocado um novo pleito no município de Goiânia.