Para Kakay, Moro é “juiz de exceção” e Judiciário vive momento de espetacularização
28 fevereiro 2017 às 12h52
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Segundo advogado criminalista goiano, falta de legitimidade do governo deixou com que Poder Judiciário assumisse um papel maior que o que deveria ter
O advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defendeu que, ultimamente, o Judiciário vem assumindo um papel maior que o que deveria ter. Em entrevista publicada pelo Estadão nesta terça-feira (28/2), o advogado goiano afirma que o momento atual do país é de espetacularização do Poder Judiciário.
Segundo ele, o que causou essa situação foi o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que teria ocorrido mesmo sem crime cometido pela presidente. “Assumiu um governo que não tem legitimidade, um governo que ainda não tem identidade”, afirmou.
Para o advogado, foi isso que permitiu que o Judiciário assumisse um papel “muito além do que deveria ter”. Ele também defendeu que o Poder passa por um momento de espetacularização, citando como exemplo o caso da Operação Lava Jato.
“Nós temos um juiz com uma nomeação exclusiva para julgar a Lava Jato, o que, sob o meu ponto de vista, significa um juiz de exceção”, disse. De acordo com Kakay, nenhum juiz poderia, constitucionalmente, ser designado só para uma causa.