Vanderlan Cardoso (PP) esteve na manhã desta sexta-feira, 5, em encontro com prefeito Iris Rezende para falar de emenda de R$3,1 milhões destinada a saúde em Goiânia. Aparecida recebeu recursos de R$6 milhões do parlamentar

Vanderlan Cardoso: senador pelo PSD | Foto: Fábio Costa/Jornal Opção

Na manhã desta sexta-feira, 5, o senador Vanderlan Cardoso (PP) se reuniu com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) e com a secretária de Saúde do município, Fátima Mrue. O parlamentar conseguiu uma destinação em emenda para Saúde de Goiânia no valor de R$3,1 milhão e para Aparecida de Goiânia, no valor de R$6 milhões.

“O prefeito pode usar para pagar salários, muita coisa na saúde do município, também pode usar o recursos para comprar equipamentos, como foi o caso do prefeito Jânio (PSDB), de Trindade, quando destinamos um recurso de R$1,4 milhão e ele já noticiou que esse recurso será para comprar uma tomografia computadorizada”, comentou o senador ao Jornal Opção após o encontro.


“Me coloquei à disposição para ajudar a conseguir, que é uma reivindicação feita pela secretária de Saúde, que está precisando de respiradores, termômetros, EPIs para a área de saúde. Me prontifiquei de ir ao Ministério [da Saúde], convidei ela para ir junto, para que a gente possa junto ao ministro Pazuello liberar um pouco desses equipamentos para a prefeitura de Goiânia, como temos feito com outros municípios”, afirmou.

MP 936

Um compromisso feito pelos senadores é o de assegurar a discussão e votação de pautas ligadas à Covid-19 nas sessões virtuais, durante o período de pandemia. Não apenas por ser um assunto prioritário e urgente, mas também pelas dificuldades de se debater pautas muito polêmicas à distância.

Uma das pautas em tramitação no Senado, já votada e aprovada pela Câmara Federal, é a MP 936, ou o chamado Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda, de autoria do governo federal e de relatoria de Vanderlan Cardoso no senado.

“Essa medida provisória é uma das medidas mais acertadas que foi feita no governo do presidente Jair Bolsonaro”, declara o parlamentar. “Ela dispõe sobre medidas trabalhistas para enfrentar a crise, suspensão de contratos negociados, recursos aportados do governo federal para o trabalhador, aqueles que tiverem seus contratos suspensos ou até mesmo a negociação de jornadas de trabalho que pode ser feita com 25%, 50%, 75%”, explicou.

“Nessa medida provisória atendemos reivindicações de outros setores, o que também acho justo, como elevações de folha, atendimento, elevar o setores. Fui designado e tenho que agradecer à confiança do presidente Davi [Alcolumbre]. É uma medida provisória das mais importantes no Senado Federal. Estamos procurando ouvir os sindicatos… hoje mesmo já conversei com o presidente do sindicato das escolas particulares, centrais sindicais, que ocorreu ontem em uma live feita com todos eles de todo Brasil”, informou.

“Participaram parlamentares, relator da Câmara dos deputados dessa medida 936, que foi o deputado e ex-ministro Orlando Silva, Paulinho da Força, ou seja, ouvindo a todos. Cada um tem sua reivindicação, sendo com emendas, ouvindo senadores e colocando pontos de vista. Queremos votar ela na terça-feira ouvindo a todos que tem me procurado, tenho procurado me inteirar do assunto, dizer o que tem e que pode atender sem prejuízo do tempo, porque nosso maior prejuízo é do tempo. Temos aí os contratos que foram suspensos por 60 dias. Essa MP foi editada no dia 1º de abril. Já tem os primeiros contratos que não estão mais em vigência. Os funcionários vão ter que voltar e muitas empresas ainda estão fechadas. Tem muita gente apavorada”, comentou Vanderlan.

PL 1075

Um outro projeto apoiado pelo senador e aprovado no Senado prevê ajuda financeira ao setor artístico e destina R$3 bilhões de recursos, que serão divididos 50% para os estados e 50% para os municípios. De acordo com Vanderlan, o projeto de Lei deverá beneficiar artistas, montadores, produtores, teatros, casas de shows, eventos paralisados etc.

De acordo com o parlamentar, é importante que o setor não seja esquecido nessa pandemia tendo em vista que movimenta muito dinheiro no país. “São números que nos surpreenderam muito. A arte movimenta 170 bilhões de reais por ano, isso representa 2% do PIB brasileiro”, apontou. “Muita gente não dá tanto valor ou não investe em cultura, mas ela movimenta milhões”.

Eleições 2020

Nessa semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou as convenções partidárias por meio virtual. Vanderlan avalia que é totalmente possível que isso ocorra.. No entanto, defenda uma prorrogação de algumas datas no calendário eleitoral para que possam ocorrer de maneira pessoal. “As convenções são mais simples. Já campanha vai ter um adiamento de 30 dias, eu acredito”, avaliou. “Eu defendo que [as eleições] sejam adiadas em 30 dias, e que o segundo turno ocorra em 15 ou 20 dias depois”, comentou.

O senador não acredita em uma possibilidade de prorrogação de mandatos neste ano ou um possível mandato intermediário. “Isso teria que ocorrer por meio de PEC. Eu não vejo possibilidade. Ainda mais agora, com o congresso virtual. Não é uma discussão simples. Não há clima. Não vejo ganhar corpo. O que vejo é alguns prefeitos que querem continuar no mandato, mas não querem disputar eleição”, opinou.

Sobre uma possível candidatura em seu nome, o senador diz que apresentou o seu nome para disputar o pleito, mas que isso ainda vem sendo discutido dentro do PP. “O partido tem outro candidato, que é o Francisco Jr. Ele é o favorito, inclusive, até porque se apresentou primeiro. Quando vim para o partido ele já era pré-candidato. Tem uma série de outras questões, por exemplo, se é isso que o eleitor quer… Essa decisão está próxima. Deve ser decidido em no máximo 60 dias. Se for ele, vou trabalhar incansavelmente, vou ajudar. Confio nele e ele me ajudou na minha campanha. Se for eu, ele também já disse que irá me ajudar”, disse Vanderlan.

Amizade com Bolsonaro

O senador Vanderlan é um dos que permaneceram aliados a Bolsonaro desde que o presidente assumiu. Embora declare que não é 100% favorável às opiniões polêmicas dele, o senador conta com admiração as benfeitorias do governo federal para o Estado de Goiás nessa gestão e se diz grato. “Ele é uma pessoa que não tem rodeios quando defende uma causa. Temos visto isso nessa pandemia, em relação a medicamentos”, disse o parlamentar.

“O presidente está dialogando com a classe política. O dólar despencou, como vimos hoje. Vai chegar a R$4,20, R$ 4,30. Temos quase 1 ano e meio de govenro e não há escândalos. Quando há irregularidades, ele mesmo afasta.
Vejo que daqui pra frente as coisas vão se acalmar e vamos ter mais condições de resolver a pandemia”, opinou o senador.

“A questão maior e que rouba a atenção dos brasileiros é a questão política. Sou grato ao presidente por tudo que tem feito em Goiás. fizemos um balanço anteontem. Só esse ano, de ajuda foram quase R$8 bilhões de reais. Se tive condições de chegar em Aparecida e levar R$6 milhões pra comprar equipamentos caríssimo, como UTI coronariana e hemodinâmica é porque temos apoio do governo federal. Para o prefeito Iris, mais R$3,1 milhões. quase R$15 milhões já foram investidos em Goiânia”, apontou Vanderlan.

PL das fake news

Vanderlan disse ser favorável ao adiamento que ocorreu nesta semana da votação da PL das Fake News, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania- Se). “Alguns assuntos não podem ser discutidos virtualmente, são muito sérios. O combinado era votar o que fosse em relação a Covid-19. É muito difícil de ter discussões virtuais. No Senado, a gente levanta a mão, quando discorda grita, tem que ser ouvido. Na virtual você não sabe a hora que vai falar. Muitas vezes vamos falar, fazemos discursos das matérias e já são 21h, 22h da noite e aí não tem como discutir mais. É muito complexo”, disse o senador.

“E que haja um texto, na Câmara e Senado melhor discutido. Nele,
não sei qual artigo, mas diz que quem vai regular e o que vai ser dito é uma agência, um provedor. Como vai ser a regulação dessa coisa? Eles vão escolher quem pode ou não falar? Se é ou não fake? Não é assim. O assunto, como é novo e muito complexo, se perguntar aos 81 senadores quem entende disso, 75 vão dizer que não, inclusive eu. Não me sinto à vontade para decidir isso agora”, concluiu.