Ministro afirma que sempre existirá alguma insatisfação na democracia, e impeachment “não é a maneira ordinária de se administrar a decepção”

Luís Roberto Barroso, ministro do STF / Foto: Nelson Jr / STF

O cenário de instabilidade política e o aumento vertiginoso de pedidos de afastamento de Jair Bolsonaro da presidência da República levaram o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a se posicionar. Para ele, “impeachment é a última opção”, e que para isso as evidências de crime de responsabilidade precisam ser graves.

Para Barroso, sempre existirá alguma insatisfação na democracia, e impeachment “não é a maneira ordinária de se administrar a decepção”.

“A maneira ordinária de se administrar a decepção numa democracia é com eleições. Para que haja um impeachment, é preciso que os fatos sejam graves, demonstrados. Eu, de novo, estou falando em tese. Impeachment não é a primeira opção. É a última opção”, afirmou.

O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, fez acusações muito graves contra o presidente, que vão ser investigadas. Ele deve prestar depoimento à Polícia Federal ainda neste sábado, 2.