Para Albernaz, se Governo pegar recurso do FCO, deixará de investir em quem aquece a Economia
17 maio 2019 às 17h12

COMPARTILHAR
“Estaria desaquecendo o poder econômico das empresas de Goiás”, adverte do deputado estadual

Segundo Thiago Albernaz (SD), a ideia do governo estadual de contrair empréstimo de 30% do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para incrementar o orçamento traria prejuízos de médio e longo prazo para Economia. “É o discurso do cobertor curto”, resumiu.
O deputado estadual, que é economista de formação, diz que, com isso, o Governo permitiria que 70% fosse destinado às empresas. “Ou seja, menos recursos para injetar nessas instituições, que geram renda, empregos e aquecem a economia”, adverte.
Segundo ele haveria prejuízo na arrecadação dos próprios impostos que cabem ao Estado, como no ICMS e na parcela devida do simples nacional. “Estaria desaquecendo o poder econômico das empresas de Goiás. Vejo com maus olhos”.
[relacionadas artigos=”185056″]
Insegurança
Albernaz afirma que existem outros meios para a Secretaria de Estado da Economia buscar recursos. “Que seja pelo Tesouro Nacional, por meio de empréstimos com o governo, mas não tirando dinheiro de quem aquece e fomenta a nossa economia, que é o meio empresarial”.
Conforme ele, o FCO é a grande plataforma que financia a formação de renda e emprego no nosso Estado. “Se o governador toma um decisão dessa, nesse momento, ele tira a segurança do empresário que vem se instalar em Goiás. Por mais necessidade que o Estado tenha, ele [o governador Ronaldo Caiado (DEM)] precisa encontrar outra medida”.
Entenda
Para socorrer o Estado o governador Ronaldo Caiado pensa nessa alternativa. Como o Plano Mansueto, que foi prometido como ajuda, não foi enviado à Câmara Federal, o gestor de Goiás sugeriu a edição de uma Medida Provisória pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que permita a utilização do FCO para recuperar Estados.
O presidente, inclusive, teria concordado e solicitado à equipe técnica da Casa Civil que elaborasse o texto da proposta. Ela pode ser editada nos próximos dias.
Trata-se de um fundo constitucional destinado apenas para o setor empresarial. Se aprovada a MP, a administração estadual poderá adquirir o empréstimo, por meio do Banco do Brasil, no valor referente a 30% do que é repassado pelo Governo Federal.