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No estudo divulgado pela Unicef, Tocantins ficou em 24º lugar entre os 27 estados da federação em número de homicídios de adolescentes

Fotos: reprodução / Facebook
Fotos: reprodução / Facebook

Um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado na última quarta-feira (28/1) mostrou que, entre as 27 capitais do país, Palmas é a que tem o menor número de homicídios de adolescentes.

A 5ª edição do Índice de Homicídios de Adolescentes (IHA) reuniu dados referentes a 2012 e mostrou que, na comparação com ano anterior, o índice da capital do Tocantins diminuiu 0,52.

O número que representa quantos adolescentes de 12 a 18 anos foram assassinados para cada grupo de mil pessoas em 2012 da cidade ficou em 1,03, valor bem abaixo da média dos municípios do país que foi 2,05. O maior número alcançado foi o da cidade de Lauro de Freitas, na Bahia, que atingiu um IHA de 18,87.

O índice estima o risco de adolescentes de 12 anos a 18 anos serem assassinados antes de completarem seu 19º aniversário nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. O cálculo é obtido levando em conta todos os homicídios sofridos por adolescentes nesses municípios.

A delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente de Palmas, Maria Ribeiro de Sousa, afirmou ao Jornal Opção Online que esse número ser o mais baixo significa que as políticas de prevenção e fiscalização estão dando certo.

De acordo com ela, há em Palmas uma consciência da população de que as crianças são responsabilidade de toda a sociedade, assim como garante o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente. Sendo assim, existem políticas que garantam que crianças e adolescentes não estejam envolvidos com situações de risco, abandono e exposição ao risco.

Maria Ribeiro garantiu que o trabalho dos órgãos de proteção diminui a vulnerabilidade dos adolescentes e acaba evitando qualquer tipo de violência. Além disso, ela afirmou que a sociedade – vizinhos, escolas, pais – denuncia qualquer situação que deixa o jovem em situação de risco.

O IHA foi preparado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), pela Unicef e pelo Observatório de Favelas e Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ).

O estado do Tocantins teve um IHA de 1,43 e foi um dos únicos estados a ter o índice menor que 2. Os outros estados foram Mato Grosso do Sul (1,91), Roraima (1,80), São Paulo (1,29), Acre (1,22) e Santa Catarina (1,14). O maior número foi o alcançado por Alagoas, 8,82.

O índice nacional foi o mais alto dos últimos oito anos, De acordo com a pesquisa, a cada mil pessoas que entram na adolescência (completam 12 anos), 3,32 morrem antes de completarem 19 anos. O resultado mostra que precisam ser tomadas medidas de prevenção e redução da natalidade, sobretudo na região Nordeste, que é a região que registrou não só o maior IHA quanto o maior crescimento do indicativo.