Santa Catarina: Pai mantém duas filhas isoladas em casa por mais de 10 anos e tem 3 filhos com cada uma
16 julho 2014 às 09h40
COMPARTILHAR
Atualmente, uma das filhas abusadas está grávida do quarto filho. Após ser preso, o homem alegou distúrbios mentais e deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável e estupro comum
Um homem de 45 anos foi preso no interior de Santa Catarina suspeito de abusar das duas filhas, de 22 e 24 anos, por mais de 10 anos e mantê-las isoladas em casa sob ameaça de morte. De acordo com a Polícia Civil do Estado, o suspeito teve três filhos com cada uma das jovens. As crianças têm entre um e nove anos.
O pai das jovens foi detido após denúncia anônima. A filha mais nova afirmou que o pai ameaçava todos de morte – inclusive as crianças –, e nunca permitiu que saíssem de casa, nem para frequentar a escola, por exemplo. Atualmente, uma das filhas está grávida do quarto filho.
A família vivia em uma casa isolada na zona rural de Rio Negrinho. A mulher do suspeito confirmou o caso e disse que também era ameaçada. Ela não será incriminada, segundo a polícia, por também ser vítima do homem.
A assistência social e o Conselho Tutelar foram acionados para ajudarem nas investigações. O homem confirmou em depoimento que realmente abusou das filhas, mas alegou possuir um distúrbio mental. Ele foi encaminhado ao presídio da cidade.
As vítimas receberão o acompanhamento do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).
O homem foi encaminhado para o Presídio Regional de Mafra e deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável (violência sexual contra crianças de até 14 anos), com pena que varia de oito a 15 anos de prisão; e estupro comum (para violência a jovens acima de 14 anos), com pena que varia de seis a 10 anos.
Em Goiás
No final do ano passado um caso chamou atenção em Goiás. Vilmar Ribeiro de Oliveira, de 51 anos, foi filmado abusando da própria filha de 13 anos. O homem foi preso por policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia. A vítima relatou à polícia que os abusos foram iniciados quando tinha 7 anos. Quando criança, a vítima chegou a relatar os abusos à mãe, porém foi ameaçada pelo pai e teve de desmentir a história.
Na época, a delegada Simelli Lemes, da DPCA, disse ao Jornal Opção Online que cerca de 60% das investigações movidas pela delegacia no Estado apontam familiares como sendo os autores dos abusos sexuais, “dentre eles, os padrastos vêm em primeiro lugar, seguidos de perto pelos pais.”