No processo de 19 páginas, o advogado pontuou que a vacinação salva vidas, momento em que pediu para que o presidente da Casa concedesse a liminar para a imediata aplicação da vacina na filha dele

Um advogado de Londrina, município do Paraná, entrou com mandado de segurança junto ao STJ para que a filha de 7 anos tivesse acesso a vacina contra Covid-19. O processo foi distribuído ao presidente da Casa, ministro Humberto Martins. Na peça, o impetrante que não teve o nome divulgado critica a administração do presidente da República, Jair Bolsonaro ao citar que não vai aguardar a data para imunização, já que no atual governo reina a escuridão.

Na ação, ele argumentou que o governo federal nega a vacinação nas crianças deve apresentar alucinações infanto-juvenis. Ressaltou ainda que o Bolsonaro, assim como sua equipe não possuem qualquer credibilidade no quesito saúde pública. “Registrei o MS, pois sou um pai preocupado com a minha filha. Por isso, brigo para que o governo faça o mínimo, que é imunizar as crianças”, explicou.

No processo de 19 páginas, o advogado pontuou que a vacinação salva vidas, momento em que pediu para que o presidente da Casa concedesse a liminar para a imediata aplicação da vacina na filha dele. Além disso, enfatizou para que o governo se abstenha de exigir consulta pública ilógica, receita e recomendação médica ou qualquer embaraço incomum para vacinar às crianças.

O pai da criança também elogiou o trabalho realizado pela Anvisa ao sustentar a credibilidade da instituição. Em 16 de dezembro, a Anvisa aprovou a indicação da vacina Pfizer para imunização contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Para a equipe técnica da Agência, as informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela Anvisa.

O STF já foi acionado sobre o tema, e no âmbito de ação ajuizada pelo PT, o ministro Lewandowski deu prazo para que o governo dê detalhes sobre a dinâmica da vacinação em crianças. O prazo dado foi de 48 horas.