João Paulo Teixeira

Especial para o Jornal Opção

As Páginas Amarelas da revista “Veja” são, há várias décadas, o espaço mais prestigiado do jornalismo brasileiro. Quem ocupa-o literalmente tem relevância nacional; muitas vezes, além do temporal.

Passaram por lá figuras antológicas como Bill Gates, o Nobel sul-americano Gabriel García Márquez e políticos da envergadura moral de Juscelino Kubitschek, o presidente que foi senador por Goiás. O espaço é tão célebre que ganhou, em edição de luxo, espaço cativo em toda estante de leitor o livro “A História é Amarela”, editado pelo Grupo Abril.

Ronaldo Caiado, um dos mais importantes políticos da história de Goiás, ocupa o espaço com brilhantismo nesta semana.

Com sua longa trajetória de médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e especializado na França, deputado, senador e governador reeleito, Ronaldo Caiado ata as pontas com a histórica campanha de 1989 para reaparecer no cenário brasileiro como líder de uma direita moderna, moderada, séria, livre da corrupção e cheirando um aspecto novo do século, com a revolução tecnológica do agronegócio.

Ronaldo Caiado é certeiro: o Cerrado goiano, savana melhorada com tecnologia para produzir o melhor grão e o melhor boi do mundo, está apto para colocar no bolso a América, a Ásia e a Europa. Não fica atrás em nenhum aspecto, seja na legislação ambiental, seja no resultado final. Fomos além, enquanto Estado, dando um salto de 6,6% de crescimento, quando o País não cresce nem 3%. Em termos de crescimento econômico, com 10 Estados como Goiás, o país seria a China da América Latina.

Livro com as entrevistas das Páginas Amarelas da Veja | foto: Jornal Opção

Homem público maduro, Ronaldo Caiado sabe que não se faz política de Estado afrontando toda hora. Agregador, assegura que não há — e nunca houve — confronto pessoal com Lula da Silva ou com a esquerda. Põe de lado o MST, o algoz do momento, dizendo que é tão descabido sua representação jurídica que nem pode ser debatido. Outro gol de placa.

Ronaldo Caiado, além do espaço na revista “Veja”, teve grande protagonismo na semana, ao ir a CPI do MST, ao lado dos deputados federais Magda Mofatto (Patriota) e de Gustavo Gayer (PL), os parlamentares goianos que lutam contra o ‘carnaval vermelho’ das invasões de terras em Goiás e no Brasil.

Na seara política, aí, sim, o governador Ronaldo Caiado dá show. Instigado pelo entrevistador da “Veja”, habilmente informado, diz que não é vaquinha de presépio. Que não é amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas um aliado, sem uma gota de subserviência. Que obstante os sinônimos, ressalta os antônimos. É contra a bobagem (agora chamada de fake news, termo inglês para mentira) de questionar a lisura da urna eletrônica e, como homem da ciência (um ás da ortopedia que percebe a Medicina de maneira global), entende que a vacina é útil sim para matar vírus, todos eles, inclusive a Covid. E, claro, salvar vidas, muitas vidas. Durante o auge da pandemia, esteve, o tempo todo, a serviço da preservação da vida humana. Cidades que nunca tiveram UTIs em pouco tempo estavam em condições de atender os pacientes com a melhor qualidade possível.

Nas Páginas Amarelas, o moedor de gentes é enorme. Mas Ronaldo Caiado conseguiu desfazer todas as arapucas costumazes do jornalismo firme e se posicionar. Sai maior, projetado para o embate nacional, que tem hoje Lula da Silva próximo dos 80 anos e uma avenida livra entre o centro e a direita não radical.

Sai igual ou maior que Romeu Zema, de Minas, e Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Estados com mais que o triplo da população goiana. A rigor, nenhum dos dois tem a experiência política de Ronaldo Caiado.

Pode anotar e me cobrar depois. Ronaldo Caiado, nas Páginas Amarelas da “Veja”, entrou para a história como o primeiro presidente made in Goiás.

João Paulo Teixeira, publicitário, é publisher da agência Mind Digital.