Padre ortodoxo russo diz que Copa no Brasil é uma “abominação homossexual”

08 julho 2014 às 19h38

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Alexander Shumsky declarou que a competição reflete um “estado moral terrível na humanidade”

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A despeito da goleada alemã sobre a seleção brasileira, um padre ortodoxo russo está mais preocupado com outros aspectos da Copa do Mundo. Alexander Shumsky declarou que a competição sediada no Brasil reflete um “estado moral terrível na humanidade”.
De acordo com ele, o fato de alguns jogadores utilizarem chuteiras azuis, amarelas, verdes ou rosas são evidências da promoção de uma “tendência gay”. “Usar sapatos rosas ou azuis é a mesma coisa que usar calcinha ou sutiã”, disse o padre. Ele também não perdoou o corte de cabelo de alguns jogadores, que classificou como “impensáveis”.
“A ideologia liberal do globalismo quer claramente que o futebol se oponha ao cristianismo. Tenho certeza disso. Por isso, estou feliz que os jogadores russos tenham perdido e, pela graça de Deus, já não participem desta desonra homossexual”, escreveu o padre em sua coluna no site Русская народная линия (Linha nacional russa).
A Rússia deixou a Copa ao ser eliminada na primeira fase, com apenas dois pontos no grupo G. A seleção daquele país sofeu uma derrota contra a Bélgica e empatou com a Argélia e a Coreia do Sul.
A Rússia é conhecida por sua homofobia estatal. Há leis contra a liberdade e a cidadania da população LGBT , e as autoridades, governamentais e religiosas, fazem vista grossa aos inúmeros casos de violência física e psicológica sofridas por essa minoria.
A Rússia vai ser sede da Copa em 2018.