Texto chega à Câmara de Vereadores em torno de polêmica. Saiba mais

Foto: Larissa Quixabeira/Jornal Opção

A reforma da Previdência municipal enviada pelo Paço na última semana à Câmara de Goiânia tem sido alvo de polêmica e cria novo atrito entre a gestão do prefeito Iris Rezende (MDB) e o funcionalismo municipal, que já ameaça greve geral.

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Em entrevista recente ao Jornal Opção, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (SindGoiânia), GCM Ronaldo Gonzaga, classificou o projeto que estabelece mudanças nas regras do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPSM) como um “pacote de maldades”.

“Além de não pagar a data-base, agora querem descontar mais. Não acredito que esse projeto vai passar do jeito que foi apresentado”, defende.

De fato, os vereadores não pretendem deixar que a reforma passe da maneira que o Paço espera. À reportagem, o vereador GCM Romário Policarpo conta que já possui nove emendas prontas para apresentar assim que o projeto chegar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa de leis.

“Do jeito que está vai ser uma sangria para os trabalhadores. A gestão inclui artigos que nem o Congresso Nacional teve coragem de discutir. O projeto em si não é de todo ruim, mas muita coisa precisa ser debatida e alterada”, finaliza.

Proposta

Entre as alterações defendidas pelo Projeto de Lei Complementar nº 17/2018 está o aumento de 11% para 14% da alíquota de contribuição dos funcionários públicos.

Na justificativa do projeto, o prefeito Iris Rezende (MDB) diz que “as medidas são urgentes e têm o objetivo de reestruturar o Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Goiânia (RPPS) para garantir o equilíbrio e a sustentabilidade do Sistema para a presente e as futuras gerações”.

A prefeitura tem muito interesse na aprovação da matéria e tem usado o argumento de que o rombo na Previdência do Município investimentos em outras áreas. O líder do prefeito na Câmara, vereador Tiãozinho Porto (PROS) já confirmou que existe pressa por parte do Paço em aprovar o texto, o que, segundo ele, deve acontecer no máximo até o próximo mês.