O coach goiano e pré-candidato do Pros à presidência da república trava uma guerra pública contra o pastor carioca desde o dia 22

Goiano Pablo Marçal e pastor Silas Mafalaia | Foto: Reprodução

O coach goiano Pablo Marçal, pré-candidato do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) à presidência da república, tenta mais uma vez pôr fim à guerra que trava contra o pastor Silas Malafaia desde o dia 22. Naufragada a estratégia de, por meio de um pedido via Twitter, impedir que o presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo divulgasse um vídeo-reposta às críticas e ameaças feitas pelo político, agora ele empenha-se em apaziguar os ânimos por meio de um pedido público de perdão, algo que o próprio carioca havia sugerido. Pablo vai tentar a indulgência por meio de uma transmissão no Youtube às 20 horas desta segunda-feira, 30.

A troca de farpas entre os dois inclui classificações como, por exemplo, “manipulador”, desbaratinado, dissuasor, “intolerante” e “desequilibrado”, por parte de Marçal, e, entre outros, “bandido”, “mentiroso”, “mau-caráter”, “perturbado mental”, “cínico”, “inescrupuloso”, “covarde”, caluniador, “manipulador da fé”, “falsário”, “megalomaníaco” e “psicopata”, no que tange a Silas. O carioca inclusive chegou a imputar ao goiano a alcunha de Pablociolo, em uma referência ao ex-presidenciável e provável candidato ao Senado, Cabo Daciolo (PDT-RJ) porque, tal qual ele, Pablo teria um devaneio messiânico de chegar ao Palácio do Planalto. Também disse que Marçal tem “sintomas de doença mental grave” e sugeriu que ele busque tratamento psicológico e psiquiátrico.

De acordo com Malafaia, a divergência com o goiano começou após um convite público, feito pelo próprio pastor, para debater com os cidadãos a teologia de Pablo Marçal, ainda em fevereiro. Preocupado com as repercussões da análise de Malafaia, o coach messiânico, mentor do grupo resgatado no Pico dos Marins, em janeiro, teria entrado em contato com o religioso para dialogar sobre o debate. A crise, que precedeu a guerra que se desenrola, de acordo com Silas, teve origem em diferentes pontos de vistas teológicos e é anterior a decisão de Pablo de concorrer à presidência da república, que teria sido comunicada para o pastor no mês de março. Ele inclusive divulgou diálogos entre os dois pelo WhatsApp.

Na primeira fase do relacionamento, Silas alega que os dois tinham convívio cordial, respeitoso. Tanto, ele publiciza áudios em que o goiano, “há poucos meses”, o elogia, chega a dizer que aprendeu muito com Malafaia e que ele é um homem inspirador. Depois, no entanto, o tom muda. O pastor mostra falas do coach, quando ele já era pré-candidato, em que credita ao carioca responsabilidade pela crise político-administrativa do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Você hoje é o principal conselheiro do presidente da república. É por isso que este país está essa intolerância. Você não tem tolerância com os outros. Você não tolera nada. Você acha que todo mundo tem que o que você quer. Por isso que o presidente é desequilibrado igual a você”, cravou o goiano.

Antes, Pablo havia ameaçado revelar informações privadas sobre Silas, inclusive envolvendo a esposa dele, Elizete Malafaia. “Ousa falar do meu nome de novo, Silas. Vou falar para o Brasil inteiro, para todos os pastores saberem o porque sua esposa só fazia tratamento nos Estados Unidos, por uma coisinha que você andou fazendo contra ela”, disse. Além de insinuações sobre a esposa, o goiano cita supostos envolvimentos de Silas com a maçonaria, de sócios dele com um golpe bilionário envolvendo bitcoins e que ele é um dos pastores mais ricos do mundo, o que seria uma contradição em relação ao evangelho. Classificando o coach como “muito canalha, bandido e cretino”, o carioca negou todas as acusações e relembrou uma frustrada tentativa de Pablo de curar de uma mulher, que não consegue andar, durante evento em Goiânia.

As ameaças de Marçal não surtiram efeito e na noite da sexta-feira, 27, o pastor voltou a subir o tom em relação ao pré-candidato do Pros ao Palácio do Planalto. Malafaia havia anunciado que responderia ao coach por meio de redes sociais. O goiano tentou dissuadi-lo. “Silas, o irmão tem mais sabedoria do que eu. Não precisa gravar esse vídeo. Me perdoe se não gostou de algo”. Depois que a resposta foi divulgada Pablo se limitou a ironicamente chamá-lo de “irmão mais velho” e a mandá-lo cuidar da própria vida. “Você é amado. Obrigada por se opor a mim”, finalizou. Agora, resolveu fazer evoluir para esta segunda-feira uma nova tentativa de paz.

O pastor Silas Malafaia imputou ao coach goiano Pablo Marçal, pré-candidato do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) à presidência da república, a alcunha de Pablociolo, em uma referência ao ex-presidenciável e provável candidato ao Senado, Cabo Daciolo (PDT-RJ), durante mais um capítulo do embate público que eles travam desde o último domingo, 22.