Prefeito de Valparaíso de Goiás, do MDB, afirma que tem gratidão pelo governador e pelo ex-ministro das Cidades  

Se depender do prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró, que preside a Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (Amab), a região do Entorno do Distrito Federal já definiu os nomes para o governo e para o Senado. Trata-se do atual governador Ronaldo Caiado (UB), pré-candidato à reeleição, e o ex-ministro das Cidades, Alexandre Baldy (PP), que mais recente ocupou o cargo de secretário estadual dos Transportes Metropolitanos de São Paulo. 

Para Mossoró, o governo de Ronaldo Caiado está bem avaliado e tem “serviço prestado” para apresentar ao eleitor, o que lhe garante uma posição melhor do que nas eleições passada. “Em 2018, o governador pediu ao cidadão goiano a oportunidade de governar o estado e, agora, como pré-candidato à reeleição, ele vem com serviço prestado. Apesar de que ele pegou o Estado em situação difícil com muitas dívidas e muitos problemas, no entanto, conseguiu gerir o estado, demonstrando capacidade administrativa, mesmo enfrentando uma das maiores crises na Saúde (pandemia da Covid-19)”, aponta. “Como médico, ele foi muito incisivo na questão de poder cuidar do cidadão goiano, e, com certeza, eu acredito muito na reeleição do governador”, emendou.  

Embora não tenha apoiado Caiado nas eleições passadas, quando o MDB lançou Daniel Vilela para o Governo de Goiás, agora o prefeito afirma que será “militante” do governador no Entorno do Distrito Federal. “Nosso grupo, nas eleições passadas, não apoiou o governador. Agora, não só daremos apoio, mas estaremos à disposição para poder militar, não só na minha região, mas no estado todo”, garante. 

Acerca das divisões no partido, provocadas por declarações de apoio de caciques emedebista ao então Caiado, há quatro anos, Pábio garante que isso já foi superado no MDB. Por causa disso, naquela época, gestores da sigla, como Adib Elias (Catalão), Fausto Mariano (Turvânia) e Paulo do Vale (Rio Verde), foram expulsos, depois de parecer do Conselho de Ética, cancelando as filiações deles. “Esse projeto é coletivo, e quando é um projeto coletivo ele sobressai a um projeto individual”, destacou. 

O gestor analisa o apoio da legenda e de Daniel Vilela ao governador como um “passo atrás”, para fortalecer a agremiação. “A ousadia de poder ser candidato, até para poder alavancar o partido, e hoje, quando o MDB dar um passo para trás, demonstra que, com certeza, o partido vai crescer muito. Exemplo, agora nós tivemos, só nessas novas filiações, a vinda de dois deputados federais, José Mário Schreiner e Célio Silveira, que já fortalecem nossa bancada no Congresso Nacional,” salienta.  

Já sobre o nome para disputar o Senado, Mossoró indica, dentre os pretensos pré-candidatos, Alexandre Baldy. De acordo com ele, por “gratidão”, uma vez que quando ministro das Cidades, o político beneficiou com recursos a região. Por isso, deve se tornar o candidato apoiado pela maioria dos prefeitos do Entorno. “Eu tenho uma afinidade muito grande com o Alexandre Baldy, até por gratidão, durante a passagem dele no Ministério das Cidades, foi possível construirmos um dos maiores projetos que nós temos em Valparaíso: o Parque da Anhanguera. Ele foi responsável pela liberação do projeto do executivo”, relembra. “Vamos chegar no entendimento que a gente pode definir o nome dele (Baldy) para nos representar na região”, acrescenta. Pábio frisa que tem conversado também com outros pré-candidatos ao cargo e analisa que a maioria está a altura de ocupar a cadeira goiana no Senado.