Maria de Fátima Abranches Castro aparece negociando mulheres para serem exploradas sexualmente no exterior. Ela foi presa no final do mês passado, mas responde em liberdade ao processo de ter aliciado uma goiana enviada para a Bolívia

A organizadora do concurso Miss Goiás, Maria de Fátima Abranches de Castro, de 61 anos, é investigada pela Polícia Federal (PF) por suspeita de aliciar modelos em um esquema de tráfico de mulheres brasileiras para exploração sexual em outros países. Ela chegou a ser presa na última terça-feira, 27, em Goiânia, durante Operação “Harém BR”, mas foi liberada e agora responde ao processo em liberdade.

Segundo a PF, Maria de Fátima Abranches teria aliciado uma jovem goiana que foi enviada para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Apesar da apuração correr sob sigilo, há informações comprovadas pela polícia, através de áudios em que a organizadora aparece negociando mulheres com o Rodrigo Cotait, 44 anos, suspeito de ser o chefe do grupo criminoso.

Rodrigo Cotait era responsável por escolher jovens do Brasil e prepará-las para as viagens internacionais. Segundo a polícia, este grupo criminoso já traficou mais de 100 mulheres para fins de exploração sexual.

Operação

A operação “Harem BR” foi deflagrada pela Polícia Federal de Sorocada (SP). Na quinta-feira, 27, seis pessoas chegaram a ser presas, quatro no Brasil, em Foz do Iguaçu (PR), São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Rondonópolis (MT), uma em Portugal e outra na Espanha. A investigação deve ouvir 20 pessoas durante esta semana, entre vítimas e testemunhas.