Operação Negociatas apreendeu R$ 500 mil em posse do dono de empresa investigada por fraudes
16 julho 2020 às 11h39
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De acordo com o delegado responsável pela operação, Fábio Meireles, essa foi apenas a primeira etapa da investigação e novas diligências devem ser realizadas em breve
A Operação Negociatas, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), na manhã desta quarta-feira, 15, apreendeu meio milhão de reais em posse do empresário Antônio Fernando Pereira Ribeiro, dono da Log Lab Inteligência Digital. O dinheiro estava guardado dentro de uma mala de viagem.
A empresa é investigada pela Polícia Civil e pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) por supostas fraudes em contratos com órgãos estatais. Um dos possíveis crimes cometidos pela empresa seria fraude em licitação no âmbito da antiga Agetop ainda em 2018.
De acordo com o delegado responsável pela operação, Fábio Meireles, esta foi apenas a primeira etapa da investigação. “Em razão do sigilo do inquérito policial e por haver outras diligências a serem realizadas, a conduta de cada investigado no esquema ainda não pode ser divulgada”.
Além disso, o grupo é suspeito de cobrar propina de empresários para favorecimento em contratos públicos. As próximas etapas da Operação são colher o depoimento dos preso, analisar os materiais apreendidos além de outras diligências que serão deflagradas.
Na CGE, uma comissão apura fraudes em contratos da empresa Log Lab Inteligência Digital com a antiga Segplan, também no ano de 2018. O trabalho de apuração deve ser concluído no dia 30 deste mês.
A Operação Negociatas também cumpriu seis mandados de prisão temporária e 23 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia e Campinaçu, no estado de Goiás, e Cuiabá, estado de Mato Grosso.
A investigação, iniciada em julho de 2019, apura a prática dos crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
São investigadas fraudes em procedimentos licitatórios para a contratação de empresas de tecnologia da informação (T.I.), além da solicitação e recebimento de vantagens para benefícios em contratos com a administração pública. Durante a ação também foram apreendidos diversos documentos, computadores e objetos relacionados à investigação.