Operação Metástase: Semarh nega que servidores da pasta estejam envolvidos em concessão ilegal de licenças

05 junho 2014 às 18h56

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A Operação Metástase foi deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Ibama. O foco é o combate à extração ilegal de madeira, principalmente em áreas de cerrado
A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) divulgou nota na tarde desta quinta-feira (5/6) afirmando não que não há servidores da pasta envolvidos nos atos ilícitos investigados pela Polícia Federal na Operação Metástase. O texto explica que a Semarh tem repassado informações ao Ministério Público Federal a respeito de licenças de desmatamento e carvoejamento há cerca de dois anos e que colabora também no combate ao trabalho escravo em carvoarias, juntamente com a Procuradoria Regional do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de Goiás.
A Operação Metástase foi deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Ibama. O foco é o combate à extração ilegal de madeira, principalmente em áreas de cerrado, em sete Estados: Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Pernambuco, Tocantins e Bahia.
Conforme nota enviada à imprensa pela Polícia Federal, a madeira extraída ilegalmente é de árvores frutíferas e exóticas que eram queimadas em carvoarias, cujo carvão era adquirido por siderúrgicas em Minas Gerais para ser consumido como combustível.
O termo metástase, que dá nome à operação, faz alusão a tumores cancerígenos que se espalham por várias partes do corpo, neste caso, a exploração ilegal que se espalhou por sete Estados.
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Cerca de 400 policiais participam da ação cumprindo 48 mandados de prisão, 46 de busca e apreensão e três de condução coercitiva. Até o fim desta tarde, cerca de 20 pessoas foram presas somente em Goiás. Entre os crimes investigados estão transporte e produção ilegal de carvão, falsidade ideológica, estelionato e formação de quadrilha.
De acordo com o Ibama, o prejuízo estimado ao cerrado é superior a R$ 500 milhões. Devem ser efetuados 300 autos de infração resultando em mais de R$ 60 milhões em multas.

