Operação Lava-Jato: Procurador é preso por suspeita de receber propina em obras do metrô do Rio
01 julho 2019 às 09h32

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Operação foi desencadeada após delação premiada do ex-diretor de contratos da empreiteira Odebrecht, Marcos Vidigal do Amaral

Em nova fase da operação Lava Jato, agentes prenderam, na manhã desta segunda-feira, 1, o procurador do Estado do Rio de Janeiro, Renan Saad, sob suspeita de ter recebido propina em obras do metrô do Rio. A operação foi desencadeada após delação premiada do ex-diretor de contratos da empreiteira Odebrecht, Marcos Vidigal do Amaral.
O procurador, que era identificado no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht como “Gordinho”, teria recebido repasses da empreiteira entre 2010 e 2014, de acordo com a força-tarefa. Segundo informações, pareceres favoráveis de Saad teriam sido “fundamentais” para viabilizar as obras da Linha 4.
A 4ª Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital instaurou em março um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades com o uso de recursos públicos nas obras da Estação Gávea, da Linha 4 do metrô. De acordo com O Globo, mesmo sem atividades, o tatuzão e os canteiros de obras da estação já consumiram R$ 34,2 milhões de recursos do estado , segundo cálculos feitos com base no contrato de concessão da Linha 4.
Em maio de 2017, o Globo revelou que o Ministério Público cobrava R$ 3 bilhões por fraudes na Linha 4 do Metrô em uma ação contra 30 réus envolvidos nas irregularidades, entre os quais o ex-governador Sérgio Cabral, o ex-secretário de Transportes Júlio Lopes e empreiteiras que participaram do consórcio.