“Operação Consorciada acabou”, diz Paulo Magalhães sobre o Jardim Botânico
14 abril 2016 às 15h37
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Vereador antecipou que a prefeitura desistiu do projeto de OUC na região. Seplanh nega a informação
O vereador Paulo Magalhães (PSD) afirmou em entrevista ao Jornal Opção na manhã desta quinta-feira (14/4) que a prefeitura desistiu do projeto de Operação Urbana Consorciada (OUC) para a região do Jardim Botânico. “Nós conseguimos inviabilizar o projeto”, comemora o vereador. “O prefeito já determinou que o Juruna [Sebastião Ferreira Leite, titular da Secretaria de Municipal de Planejamento e Habitação] não realize mais audiências e o Jardim Botânico vai continuar como está!”.
A OUC do Botânico é uma proposta de parceria da prefeitura com empresas privadas que pretende “requalificar” toda a região próxima ao parque: Setor Pedro Ludovico, Vila Redenção, Jardim Santo Antônio e adjacências. O projeto tem sido alvo de duras críticas de especialistas e moradores da região por incentivar a verticalização do entorno do parque, o que é proibido por lei.
“As pessoas entenderam que a realização da OUC traria um desgaste e um impacto enormes para toda a vizinhança, para o trânsito e para o meio ambiente”, explicou o vereador, “e com a força do povo conseguimos salvar o Botânico! Não tem mais Operação Consorciada!”.
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Na semana passada, a Seplanh iniciou o trabalho de realização de audiências públicas para apresentar e debater a viabilidade do projeto de OUC do Botânico. O plano inicial era de que, ao todo, fossem realizadas sete audiências, mas as duas marcadas para esta semana, na terça (12/4) e quinta-feira (14/4), foram canceladas.
Por meio de assessoria, a Seplanh nega que o projeto tenha sido engavetado e explica que o cancelamento das audiências se deram por motivos “técnicos e estruturais” dos locais em que as audiências aconteceriam. A assessoria também não confirmou se serão realizadas as outras audiências que estavam marcadas para os dias 19, 26 e 28.
As duas reuniões que chegaram a ser realizadas, nos últimos dias 5 e 7, tiveram por debates acalorados e forte posicionamento dos moradores contra o projeto. “O trabalho que fizemos foi bem feito e a população entendeu que construção de prédio não traz benefício nenhum. Nas duas audiências públicas convocadas pela prefeitura, o debate foi acalorado e a população foi preparada”, disse Paulo Magalhães.
Na semana passada, Sebastião Juruna, titular da Seplanh, havia dito em entrevista que a orientação do prefeito Paulo Garcia (PT) era de não levar o projeto adiante, caso houvesse rejeição da população. “Se as pessoas são contrárias não há por que insistirmos numa situação dessa natureza. Tenho uma determinação do prefeito: se não tiver consenso, não tem projeto de lei”, afirmou.
A assessoria da Seplanh afirma que as audiências canceladas serão remarcadas e que a secretaria só tomará um posicionamento sobre a viabilidade ou não do projeto ao final de todas as audiências.