Grupo Especial de Combate à Corrupção faz análise de documentos e computadores apreendidos na operação que investiga crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no Detran

Foto: Reprodução

O delegado do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor), Rômulo Figueredo de Matos, pediu à Justiça a dilação do prazo para conclusão do inquérito relativo à operação Cegueira Deliberada. Deflagrada em novembro de 2019, a operação investiga crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran).

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Segundo o titular da Geccor, o pedido de dilação foi remetido ao poder judiciário, e a especializada aguarda o retorno com o prazo para conclusão dos trabalhos. “No momento, estamos concluindo as investigações, fazendo a análise de todo o material apreendido, documentos, computadores”, explica Rômulo. Esse trabalho deve se estender por cerca de 30 dias e em seguida o inquérito deve ser concluído.

Entenda

No dia 7 de novembro de 2019, a Polícia Civil, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECCOR) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) deflagrou a Operação Cegueira Deliberada. Na ocasião, sete pessoas foram presas e 62 mandados de busca e apreensão, contra pessoas e empresas foram cumpridos.

Segundo a Polícia Civil, os crimes teriam sido cometidos entre 2014 e 2015. As investigações apontam fraude em processo licitatório realizado pelo Detran em 2014 para no serviço de vistoria veicular. De acordo com a polícia, diversas ilegalidades foram encontradas no procedimento, entre elas, critério indevido de julgamento de propostas, direcionamento na confecção do edital e ausência de audiência pública, bem como irregularidades relacionadas à habilitação da empresa Sanperes.

Conforme apurado durante as investigações, por meio de superfaturamento e reajustes ilegais, foram obtidos, de forma indevida, mais de R$ 100 milhões entre 2015 a fevereiro de 2019. Entre os alvos de mandado de busca e apreensão estavam o ex-presidente do Detran João Furtado Neto.

Já o proprietário da Sanperes, Daniel Ganda dos Santos, chegou a ser preso temporariamente. Também foram apreendidos 17 veículos, uma motocicleta, obras de arte, relógios de luxo e uma grande quantidade de dinheiro.