Segundo nota, a medida está sendo adotada por causa de ameaça à segurança dos motoristas e passageiros por integrantes do Sindcoletivo

Foto: Edilson Pelikano
Foto: Edilson Pelikano

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A Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) divulgou por meio do Twitter o recolhimento dos ônibus da região Metropolitana de Goiânia às 20h desta sexta-feira (16/5). Segundo a nota, a medida está sendo adotada por causa de ameaça à segurança dos motoristas e passageiros por integrantes do Sindcoletivo. De acordo com a RMTC, a situação deve ser normalizada na manhã deste sábado.

Ainda no Twitter, foi anunciado que a Justiça expediu uma liminar que proíbe integrantes do Sindcoletivo de se aproximarem a menos de 100m de qualquer garagem, terminal ou ônibus. A punição para o descumprimento seria a aplicação de multa de R$ 50 mil, a fim de garantir a circulação dos veículos de transporte coletivo.

Também foi divulgada uma lista de terminais com atendimento comprometido: Bandeiras, Garavelo, Maranata, Cruzeiro, Veiga Jardim, Araguaia, Vera Cruz, Dergo, Vila Brasília, Trindade, Isidória, Parque Oeste, Recando do Bosque, Praça A, Praça da Bíblia, Goiânia Viva e Padre Pelágio.

No início da noite, foram registrados princípios de tumulto no Terminal Praça da Bíblia. Policiais estavam no local e a movimentação logo se dissipou.

Segundo levantamentos preliminares da RMTC, ao menos 27 ônibus teriam sido depredados desde os protestos da manhã desta sexta. A ação teria sido provocada por um grupo de motoristas insatisfeitos com os termos do acordo salarial assinado pelos sindicatos dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Goiás e das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia.

“Não há greve”

Em nota divulgada à imprensa, o Setransp informou que “todos os esforços estão sendo tomados para normalizar o serviço público de transportes”. O texto diz que não há greve de motoristas, já que acordos com a categoria haviam sido firmados anteriormente.

O SETRANSP informa à comunidade da Região Metropolitana de Goiânia que todos os esforços estão sendo feitos para normalizar o serviço público de transportes, mesmo que grupos estranhos ao sistema estejam agindo para bloquear o serviço e depredar ônibus e terminais.

Não há uma greve de motoristas já que, após meses de negociação, foi assinada convenção coletiva de trabalho, com reajuste do salário, do vale refeição e anuênio que somam 11,44%. Neste período a inflação foi de 5,3%. Em dois anos os motoristas tiveram reajuste superior a 20%, sem repasse para a tarifa, o que representa ganho real e valorização da categoria.

O acordo coletivo foi assinado com o Sindittransporte, representante legal dos motoristas. O Setransp está recorrendo aos órgãos de segurança e à justiça do trabalho para proteção aos motoristas e garantia de funcionamento do transporte público, que é um direito essencial da população.