Apenas três afirmam que votarão pela aprovação da proposta. Demais parlamentares estão indecisos ou não responderam. Veja lista

Fábio Sousa (PSDB), Flávia Morais (PDT), Rubens Otoni (PT) e Daniel Vilela (PMDB) dizem que votarão contra a reforma da Previdência | Fotos: Agência Câmara

Oito dos 17 deputados federais de Goiás se posicionam contrários à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Levantamento realizado pelo jornal Estado de S. Paulo e atualizado na tarde deste sábado (9/12) mostra a intenção de voto de todos os parlamentares.

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São contra a proposta do governo os deputados Daniel Vilela (PMDB), Pedro Chaves (PMDB), Delegado Waldir (PR), Fábio Sousa (PSDB), Flávia Morais (PDT), Lucas Vergílio (SD) Magda Mofatto (PR) e Rubens Otoni (PT).

Em Goiás, três se posicionam a favor do projeto: Giuseppe Vecci (PSDB), Roberto Balestra (PP) e Thiago Peixoto (PSD). Não foram encontrados João Campos (PRB), Marcos Abrão (PPS) e Sandes Júnior (PP). Célio Silveira (PSDB) e Jovair Arantes não quiseram responder e Heuler Cruvinel (PSD) disse estar indeciso.

Ainda segundo o levantamento, o governo está longe de conseguir os 308 votos necessários para aprovar o texto. Apenas 62 deputados se posicionam a favor. Os votos contra somam 216. O número de indecisos é 95. Outros 73 não foram encontrados e 60 não quiseram responder.

Na última sexta-feira (8/12), o presidente Michel Temer disse que a votação da PEC pelo plenário da Câmara deve acontecer nos dias 18 e 19 de dezembro. Por causa do recesso parlamentar, a votação no Senado Federal deve ficar para fevereiro do ano que vem.

A matéria está pronta para ser votada desde maio, mas o governo protela colocar o projeto em pauta pela dificuldade em conseguir os votos necessários para aprovação. A articulação é para que o projeto seja votado ainda este ano, pois a avaliação é de que a rejeição da matéria pelos deputados aumenta à medida que se aproxima o período eleitoral.

Até agora, dois partidos decidiram fechar questão e obrigar seus deputados a votarem a favor da reforma: o PMDB do presidente Michel Temer e o PTB. Deputados que desobedecerem a determinação podem sofrer sanções internas.

Em busca de angariar mais votos, o governo fez alterações no texto, retirando os trabalhadores rurais da reforma e também retirando o trecho que estabelecia redução do valor de um salário mínimo mensal pago a idosos sem aposentadoria e a deficientes com baixa renda.

Entre os principais pontos da nova proposta, estão a fixação de idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres, como estava no texto original, sendo que professores e policiais passam a cumprir exigência de 60 anos e 55 anos, respectivamente, sem distinção de gênero.