Oficial dinamarquesa desmaia durante anúncio de suspensão da vacina AstraZeneca no país
16 abril 2021 às 10h16
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Após identificarem relação entre casos atípicos de trombose e a injeção do imunizante, países europeus passam a restringir aplicação da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford
Diretora da Agência Dinamarquesa de Medicamentos, Tanja Erichsen, desmaiou ao vivo durante coletiva de imprensa, que ocorreu nesta quarta-feira, 14. No evento, foi anunciado o cancelamento oficial do uso da vacina AstraZeneca no país.
Na gravação da coletiva, é possível identificar o exato momento em que Tanja cai no chão, enquanto o diretor-geral da Autoridade de Saúde dinamarquesa, Søren Brostrøm, explicava sobre o cancelamento da aplicação da AstraZeneca à imprensa local. Por precaução, a diretora foi internada em um hospital.
A Dinamarca foi o primeiro país a suspender de forma temporária a aplicação da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, há um mês. A justificativa dada pelo Governo dinamarquês para o cancelamento oficial foi a possível relação existente entre o imunizante e os casos anormais de trombose. Ainda foi dito que existem vacinas suficientes no mercado e a situação epidémica no país está controlada.
“Mesmo que a AstraZeneca seja segura e eficaz contra a Covid-19, o risco de sofrer trombos é muito alto, e superior se você pegar o vírus”, explicou o diretor do Escritório Regional para a Europa, da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Klude.
Europa restringe uso da AstraZeneca
Países europeus passaram a tomar medidas de restrição do uso do imunizante após a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluir que os coágulos sanguíneos identificados em pessoas vacinadas com a vacina da AstraZeneca deveriam ser considerados um efeito colateral raro dos injetáveis. Segundo dados levantados pela EMA, até 4 de abril desde ano, 222 casos de trombose atípica foram detectados. Isso, após a aplicação de mais de 34 milhões de doses da AstraZeneca em 30 países do Espaço Econômico Europeu (UE, Islândia, Noruega e Liechtenstein).
Com isso, a França e a Bélgica passarão a aplicar a substância somente em pessoas com mais de 55 anos, enquanto a Itália, enquanto em países como a Alemanha, Espanha e Holanda, o imunizante será reservado para pessoas acima de 60 anos. Já no Reino Unido, será realizada a recomendação de outra vacina a menores de 30 anos.