Obras da trincheira da 90 com 136 preocupam comerciantes da região

01 abril 2019 às 18h14

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Previsão de entrega para novembro deste ano não convence empresários, que já cogitam demissões e redução nos períodos de funcionamento

Após o inicio das obras da trincheira entre a Rua 90 e a Avenida 136, nesta segunda-feira, 1º, comerciantes da região dizem que serão afetados negativamente. O Jornal Opção escutou proprietários que preveem a demissão de funcionários e redução no período de funcionamento das lojas.
Mario Lúcio Sobrosa, proprietário de um prédio comercial da região, diz que um dos maiores receios dos lojistas se concentra nos prazos estabelecidos pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra). Segundo o empresário, que também é engenheiro, pelo histórico das obras públicas, irregularidades que por ventura possam ser encontradas podem adiar a entrega.
Obra
Com um orçamento inicial de R$ 10 milhões, a obra será realizada em três etapas e tem a previsão de entrega para novembro deste ano.

Tradicional Pet Shops da Capital, a Casa Jacareí fica localizada em frente à nova trincheira. O gerente do local, Albert, afirmou que já nos próximos meses os reflexos devem recair sobre as vendas. Entretanto afirma que a loja pensa em um “plano b”, focando nas vendas por tele entrega.
Outro proprietário com expectativas negativas é Alessandro Faria, dono de uma franquia de açaí. Alessandro conta que o movimento de carros e pedestres é fundamental para as vendas. Segundo o empresário, caso as previsões de redução dos lucros se consolide, não deve restar alternativa a não ser a redução no período de funcionamento.

Sindicato
Liderados pelo Sindicato dos Lojistas de Goiás (SindiLojas), os comerciantes realizam desde fevereiro reuniões com a Prefeitura e com a Seinfra. Segundo a assessoria do Sindicato, há um busca por diálogo entre os lojistas e moradores com a gestão municipal. No último mês um abaixo-assinado com cerca de 600 assinaturas foi entregue ao Paço fazendo os requerimentos.
“Com o início dos trabalhos nesta segunda-feira, 1º, cabe ao sindicato dar seu voto de confiança à Prefeitura e acompanhar o andamento dos serviços, a fim de que gerem o menor impacto possível aos empresários da região. Caso contrário, o Sindilojas-GO buscará um novo diálogo com a Prefeitura para que a obra não se torne um novo BRT”, informa o sindicato