Obra de Siron Franco com 16 mil pedras preciosas será entregue na comemoração de 300 anos da antiga capital
05 julho 2025 às 18h30

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), desvincula-se do cargo, em março do ano que vem, para oficializar sua candidatura à Presidência da República. Empenhado em deixar um legado cultural que possa reverberar por décadas em todo Estado, ele decidiu aproveitar o momento histórico que vive sua terra natal, a Cidade de Goiás, para prestar uma homenagem antecipada pelo aniversário de 300 anos, com uma obra de arte cravejada de pedras preciosas, criada pelo artista plástico, Siron Franco.
Em 2027, a antiga capital do estado, fundada pelo bandeirante Anhanguera, vai celebrar três séculos de sua fundação. Filho ilustre da cidade, tombada como patrimônio histórico da humanidade pela Unesco, recentemente, Caiado disse que antiga Vila Boa de Goiás “é uma joia encravada no coração do Brasil, onde pulsa alma da história de Goiás “ e, por isso, merece receber dele, um presente antecipado, enquanto governador. Trata-se da obra “Solo Goiano”, tão valiosa quanto à própria história secular da cidade monumento. Uma homenagem que, assim como as 16 mil pedras preciosas que compõem suas ruas, deverá se eternizar após sua instalação no Palácio Conde dos Arcos que, por quase 200 anos, funcionou como a sede do governo de Goiás e, hoje, é um museu.
Siron, o maior artista plástico vivo do país, conta que recebeu a missão após um telefonema do governador. Foi quando Caiado revelou ao artista sobre um achado surpreendente, um tesouro abandonado no antigo prédio da Metago, a empresa estatal responsável pela mineração de metais preciosos no estado. A descoberta aconteceu por acaso quando o prédio, construído há mais de 50 anos, passou por restauração. Em cofres escondidos, abandonados e em armários esquecidos, foram encontradas dezenas de milhares de pedras preciosas e semi-preciosas. Minerais que foram extraídos do subsolo goiano pela Metago, e acabaram “esquecidas” na sede da empresa.
Caiado escolheu Siron para criar a obra preciosa porque sabia que o artista veria muito mais que brilho naquelas pedras e interpretaria a história da Cidade de Goiás entre àquelas jóias. O artista conta que levou três meses para criar uma obra de arte que pudesse contar através daquele tesouro o valor das raízes históricas de Goiás, afinal tudo começa ali, às margens do Rio Vermelho, quando em 1727, Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, convence os índios Goyazes à revelar a exata localização das minas de ouro e esmeraldas.
Seguindo a tradição que se repete todos os anos no mês de julho, quando a capital do Estado é transferida para a Cidade de Goiás, o Governador já anunciou que vai aproveitar o momento para entregar o presente valioso que virou obra de arte aos Vilaboenses. A genialidade de Siron Franco trouxe à tona uma maquete, em detalhes, da Cidade de Goiás elaborada com pedras e metais preciosos. O artista baseou-se em mapas urbanos de 1728 quando Vila Boa de Goiás tinha apenas 54 casas. Foi a partir da cartografia urbana da Vila que nascia no coração do Brasil em meados do século XVIII, que Siron Franco conseguiu expor com mineirais preciosos a essência do povo goiano transformando tesouros do subsolo em arte que reluz. Ronaldo Caiado estava certo quando escolheu o artista goiano para homenagear a cidade que pulsa há trezentos anos no coração do Brasil.


