Segundo a Polícia Civil, o trabalho de investigação foi prejudicado porque o sistema das câmeras de segurança do bar, onde ocorreu a discussão inicial, estava sem funcionar 

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (2/12) Flávio Fernandes da Silva, de 26 anos, suspeito de assassinar com um tiro na cabeça o empresário Anor Pereira da Silva, de 28 anos, na madrugada do último dia 23. Segundo o delegado responsável pelo caso, Thiago Torres, o crime ocorreu após uma discussão entre um amigo do suspeito e a vítima no Alabama Bar, no Setor Marista.

A vítima deixou a mulher, Patrícia Casimira da Silva, de 26 anos, — que acompanhou a apresentação do lado de fora da delegacia —, e dois filhos menores, de dois e 6 anos. Em entrevista ao Jornal Opção Online, Patrícia lamentou a morte do esposo. “Após a prisão do suspeito de ter assassinado Anor, fiquei mais aliviada. Mas ele, os amigos dele, e o álcool, destruíram completamente a minha família”, disse.

As investigações apontam que Flávio Fernandes estava no bar ao lado de dois casais e teriam tomado cinco garrafas de uísque. Por volta das 2h da madrugada, Anor, que estava com a irmã, teria “esbarrado sem querer” na mulher de um dos amigos de Flávio. “A briga, aparentemente, havia sido cessada dentro do bar. No entanto, o suspeito e os amigos pagaram a conta e foram para o lado de fora. Em seguida, quando Anor também saiu, dois carros, uma BMW branca e um Sonata, fecharam o automóvel da vítima. Depois, Flavio desceu da BMW, atingiu Anor e fugiu juntamente com o outro veículo”, disse o delegado.

Ainda de acordo com Thiago Torres, o trabalho da polícia foi prejudicado, em partes, porque o sistema das câmeras de segurança do estabelecimento estava sem funcionar desde o dia 4 de novembro.

Thiago Torres informou que Flávio Fernandes “comprou a briga” do amigo e que a arma utilizada no crime, uma pistola 380, ainda não foi apreendida pela polícia. Após o assassinato, Flavio Fernandes, que tem passagem por furto e receptação, fugiu para a cidade de Caldas Novas, a 167 km de Goiânia, onde a sua família também tem residência. Ele foi preso na última sexta-feira (31).

De acordo com o delegado, os outros dois casais, que estavam no Sonata, também podem responder pelo homicídio. “Agora, nosso trabalho coincide em apurar até que ponto os amigos tiveram envolvimento no caso. Se comprovados a coautoria, eles serão indiciados”, afirmou.