O sobe e desce dos candidatos e a parada no meio do caminho, de acordo com as pesquisas
20 setembro 2014 às 10h51
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As pesquisas sobre os presidenciáveis, reveladas durante a semana, mostram que o tucano Aécio Neves foi o único a crescer no Datafolha e no Ibope. Mas não recuperou o patamar que tinha no Datafolha quando Marina Silva (PSB/Rede) entrou no lugar de Eduardo Campos. Agora, Marina caiu no Datafolha e estacionou no Ibope. Dilma subiu no Datafolha e caiu no Ibope.
A semana começou com o Ibope na terça, 16. Dilma com 36%, em queda de três pontos em relação aos 39% que tinha uma semana antes, quando se divulgou o saque de bilhões de reais pelo PT na Petrobras, delatado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa. Há dois meses, com Marina no jogo, tinha 34%. Marina perdeu um ponto: tinha 31% e foi a 30%. Ao entrar em cena tinha 29%. Aécio subiu quatro pontos: saiu dos 15% e voltou aos 19% de há um mês.
No Datafolha de sexta-feira, 19, Dilma se apresentou estável, com 37%, um a mais do que tinha uma semana antes, os mesmos 36% tinha quando Marina surgiu. Marina apresentou queda de três pontos: desceu de 33% para 30%. Entrou em cena com 21% em agosto. Aécio subiu dois pontos: foi de 15% a 17%. Com Marina no jogo, tinha 20% em agosto.
A rejeição de Dilma é parelha nas duas pesquisas: 32% no Ibope contra 33% no Datafolha. A de Marina é discrepante: de 14% no Ibope foi a 22% no Datafolha, ambas na mesma semana. A rejeição de Aécio está dentro do empate técnico, com a margem de erro de 2% nas duas pesquisas: com 19% no Ibope, subiu a 21% no Datafolha.
Num segundo turno medido pelo Ibope, Marina superaria a Dilma por três pontos: 43% a 40%. No Datafolha, Marina também bateria Dilma, mas por dois pontos: 46% a 44%. Aécio perderia o segundo turno para qualquer uma das duas. No Ibope, Dilma teria 44% contra 37% de Aécio. No Datafolha, Dilma venceria com 49% contra 39% de Aécio.
Analistas do Datafolha, Mauro Paulino e Alessandro Janoni afirmam que Aécio foi quem mais ganhou com o confronto de falas entre Dilma e Marina. Eles escreveram que o tucano saiu no lucro porque esteve fora da guerra entre as duas candidatas e ainda tratou de relacionar ambas ao continuísmo do PT, no qual Marina fez carreira:
– A estratégia da campanha de Aécio de reuni-las (Dilma e Marina) sob o rótulo de continuísmo e de se posicionar como o candidato da “mudança de fato”, parece ter surtido efeito em parte. Em 15 dias, o tucano oscilou positivamente três pontos percentuais, destacando-se entre os mais escolarizados e ricos.