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O Hamas está “derretendo” na Faixa de Gaza. O grupo terrorista palestino perdeu o controle efetivo sobre a maior parte do território à medida que novas milícias e clãs tribais ocupam o vácuo de poder surgido após dois anos de guerra contra Israel.

O colapso interno provocou a ascensão de grupos como as “Forças Populares” em Rafah, fronteira com o Egito, e a “Força de Ataque Contra-Terrorismo em Khan Youni, s ao norte do enclave, fronteira com Israel. Milícias que emergiram como novas lideranças para defender a população local do que consideram, abusos do Hamas.

Ao desafiarem a autoridade do grupo terrorista, nos últimos dias, essas novas forças passaram à enfrentar embates violentos contra o Hamas, que podem dar início à uma guerra civil no território palestino. Em várias cidades e vilarejos onde o controle da polícia, da segurança interna e distribuição de ajuda humanitária era feito pelo Hamas, desintegraram-se e já estão sob o comando de redes ligadas aos clãs poderosos como as famílias Doghmosh, Abu Shabab e Hellis.

O que restou do Hamas teve que recuar e voltou a atuar com práticas insurgentes — como emboscadas, uso de túneis para ataque-surpresa, atropelamento e fuga. O grupo já não tem como manter a governança e muito menos garantir sua presença por todo território. Estima-se que o Hamas opera o controle de apenas 20% da Faixa de Gaza.

Fragmentação do poder e caos em Gaza

No entanto, a fragmentação do poder no território palestino poderá levar a disputas jamais vistas em Gaza, por legitimidade, influência e apoio internacional. Instabilidade que pode impedir a implantação efetiva do “Plano Trump” para a região.

O Hamas desarmado deverá dar lugar ao caos na Faixa de Gaza, onde os senhores da guerra vão lutar pelas ruínas de um regime em frangalhos.

O fim do Hamas poderá dar início ao capítulo mais inesperado dessa história sem fim.