Número de aliados se mantém após ataques do PMDB
20 novembro 2015 às 14h16
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Segundo o líder do prefeito na Casa, Carlos Soares (PT), a quantidade de votos favoráveis à proposta do reajuste do IPTU/ITU gira em torno de 22 vereadores
A reformulação da base de apoio ao prefeito Paulo Garcia (PT) na Câmara de Vereadores de Goiânia é avaliada com cautela. A mudança se dá, especialmente, pelas críticas públicas do vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB) aos projetos da Prefeitura de Goiânia.
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O mais graúdo a cair foi Ormando Pires Júnior (PT), presidente da Comurg e primo do peemedebista, que possui ainda diversos cargos comissionados. A reestruturação seria para garantir também a aprovação do projeto que reajusta Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU/ITU) na capital para 2016.
De acordo com o representante do Paço Municipal na Casa, Carlos Soares (PT), o processo de reformulação não existe, pois o compromisso de apoio continua o mesmo. “Nem aumentou nem diminuiu o número de apoiadores. Pelo menos até agora”, garante, em entrevista ao Jornal Opção, nesta sexta-feira (20). O petista revela que até a noite de quinta-feira (19), os votos favoráveis giravam em torno de 20 e 22.
Único representante do PDT na Câmara, Paulinho Graus diz que não leu até agora o texto do projeto por inteiro. O vereador vê que não há garantia de votos para aprovação não só por parte dele, mas também por outros integrantes da base. “É preciso mais debate. Fazer lei não é como voltar troco. A posição será independente, mas vou dialogar com a prefeitura para fazer adequações.”
Talvez o posicionamento do ex-presidente da Câmara de Goiânia Clécio Alves (PMDB) seja o maior exemplo da garantia de manutenção de apoio do PMDB e dos aliados.
Até então, o maior crítico de qualquer aumento da tarifa acima da inflação, o peemedebista baixou o tom do discurso, nesta manhã, durante a troca de comando na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). “Nós do PMDB trabalhamos para eleger essa administração e vamos andar o Paulo Garcia [PT], ajudando ele a sair dos momentos de dificuldade”, comentou.
Questionado se poderia rever seu voto, Clécio afirmou ainda que aguarda a decisão final do PMDB metropolitano e dos outros seis integrantes da bancada na Casa. Ele não participou da reunião entre Paulo Garcia e o a executiva do diretório metropolitano do partido para definir sobre como o PMDB irá votar. “A solução é andarmos juntos. Se faltou diálogo suficiente está em tempo de conversar”, finalizou o ex-presidente.
Estiveram no Paço o deputado Bruno Peixoto e o ex-presidente do diretório estadual Samuel Belchior. Os vereadores Eudes Vigor, Izídio Alves e Welington Peixoto compareceram.