Num segundo turno, Bolsonaro perderia de Lula e Moro, mas derrotaria Doria, diz pesquisa

14 dezembro 2021 às 18h30

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Levantamento ainda mostra que, para os eleitores, a principal prioridade para o próximo presidente deve ser a geração de emprego
6ª edição da pesquisa da Futura Inteligência com o banco Modalmais mostra que, em um segundo turno, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) perderia tanto para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto para Sergio Moro (Podemos), ganhando apenas do atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O levantamento ilustra possíveis cenários para o próximo ano, com base na opinião pública de 2 mil eleitores. A margem de erro estimada da pesquisa é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
De modo geral, os resultados dos dados coletados entre 7 e 13 de dezembro de 2021 mostram que a eleição permanece polarizada entre Lula e Bolsonaro e que Sergio Moro apresenta queda em relação à edição anterior.
No entanto, apesar da polarização, o petista ainda é registrado como candidato favorito, tendo maior presença no Nordeste (47%), entre a classe baixa – até um salário mínimo – (40,3%) e as mulheres (34,1%). Bolsonaro, por outro lado, possui forte presença no Centro-Oeste (35,8%), na classe média (42,7%) e entre os homens (39,6%), e Sergio Moro nas regiões Sul e Sudeste (6,6% e 4,5%, respectivamente), e entre os eleitores com maior concentração de renda (15,7%).
No cruzamento de intenção estimulada de votos para um primeiro turno, a pesquisa demonstrou que Lula e Bolsonaro iriam para o segundo turno com 37,9% e 30,6% dos votos, respectivamente. No ranking, estariam seguidos por Sergio Moro (9,8%), Ciro Gomes (6,4%), João Doria (3,3%), Cabo Daciolo (1,3%), Guilherme Boulos (0,9%), Simone Tebet (0,7%) e Rodrigo Pacheco (0,6%). Boulous, no entanto, não aparece no cenário espontâneo.
Nas estatísticas de intenção espontânea – em que o eleitor fala em quem votaria, e não são dadas opções de escolha – Lula e Bolsonaro se mantém com 33,2% e 29,3%, seguidos por Sergio Moro (4,2%), Ciro Gomes (2,8%), João Doria (1%), Cabo Daciolo (0,4%), Simone Tebet (0,4%) e Rodrigo Pacheco (0,1%).
Segundo o histórico da pesquisa, os resultados foram levemente alterados desde julho. Lula, por exemplo, de julho a dezembro, caiu nas intenções de voto de 41,3% para 39,4%, enquanto Bolsonaro subiu de 29,2% para 33,2%. Ciro Gomes caiu de 12,3% para 10,9% e João Doria se manteve em 5,7%. Desde novembro, Sergio Moro também apresentou queda, saindo de 16,3% para 12,3%, na disputa contra Lula, Bolsonaro e Doria.
Já para um segundo turno, Bolsonaro perderia para Lula (50,8%) com apenas 37% dos votos, para Ciro (41,8%), com 39,6% dos votos, para Moro (39,7%), com 35,4% dos votos, e ganharia de João Doria (33,8%), com 40,3% dos votos. Lula, por outro lado, venceria em todos os cenários. Contra Sergio Moro (30,5%), por exemplo, o petista levaria 48,9% dos votos. Contra Ciro (28,7%), ganharia com 47,7%, e contra Doria (31%), com 50,7%.
Quanto à rejeição estimulada, sobre presidentes que os eleitores entrevistados não votariam em nenhuma hipótese, Bolsonaro lidera o ranking com 49,5%, seguido de Lula (37,2%), Doria (24,7%), Moro (20,3%), Ciro (17,9%), Boulos (17,5%), Daciolo (16,2%), Pacheco (14,9%) e Tebet (14,4%).
A geração de emprego (34,9%) foi a opção mais votada entre os eleitores quando a questão foi o que deve ser prioridade para o próximo presidente da República. A questão foi seguida por ‘acabar com a pobreza’ (23,7%), redução de impostos (12,7%), redução de inflação e dos preços (8,5%), aumento do salário-mínimo (5,9%) e aumento do valor das aposentadorias (1,3%).